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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

I Festival Galhofa juntou tradições de Portugal e Espanha na aldeia de Arcas

 Este ano, as celebrações de Santo Estêvão, comemorado a 25 e 26 de dezembro, foram antecipadas pelo I Festival Galhofa, na aldeia de Arcas, no concelho de Macedo de Cavaleiros.


Recebeu 18 grupos de caretos e mascarados, do norte de Portugal e da Galiza, que se juntaram aos anfitriões, os Caretos das Arcas, para celebrar o solstício de inverno.

Por lá encontrámos o druida celta, que deu a bênção ao povo e louvou a iniciativa:

“Fico sempre sensibilizado cada vez que um grupo de pessoas de uma determinada terra se bate pelas tradições.

Aqui em Arcas foi recuperada uma tradição que tinha terminado, o que foi feito muito rapidamente e recebe todo o carinho de outras associações.”

Os Caretos de Lazarim foram uns dos foliões a marcar presença e a contribuir para a folia que se fez sentir pelas ruas da aldeia. Manuel Pereira, porta-voz do grupo, comparou o evento a um “Carnaval”, que embora fora de época, faz sentido em qualquer altura:

“É fora de época mas não o é porque o Carnaval, tal como o Natal, são quando o Homem quiser.

Acho que este festival é uma boa aposta e acredito que seja o primeiro de muitos.

Embora não seja de cá, estarei cá sempre presente para ajudar no que puder.”

Entre as várias participações galegas, encontrámos um grupo de cerca de 20 “dançantes e mascarados” da Corunha. Emília Sánchez disse-se agradada com o convite:

“É sempre um prazer participar e sobretudo sabendo que é o primeiro ano que é feito.

Estamos encantados por colaborar e participar com eles.

É bom conhecer outros entrudos.”

Foram várias as atividades que compuseram o cartaz deste primeiro festival, que contou com música, rituais, desfiles, mercadinho de Natal e as típicas galhofas dos Caretos de Arcas. Um evento que agradou aos locais:

“Tenho que dar os parabéns por esta iniciativa e pelo projeto de irem buscar as tradições antes que a geração, que ainda tem essas memórias, não esteja entre nós.

Infelizmente cada vez as aldeias estão mais desertificadas e isto é uma mais-valia para mostrar a nossa terra.”

“Acho bem porque para tristezas chega ver televisão e a aldeia, que antes tinha muita gente. Apesar das casas agora serem maiores, não têm ninguém.

É um evento bonito. Eles também já foram a outras aldeias.

É um convívio diferente pois não pode ser só solidão.”

“Muito bonito e engraçado. É uma tradição muito bonita.

Espero que continuem e não deixem morrer.”

A iniciativa foi promovida pela Associação Núcleo de Costumes e Tradições de Arcas e pela Junta de Freguesia, com o apoio do Município de Macedo de Cavaleiros e da Academia da Máscara Ibérica. O objetivo foi celebrar o solstício de inverno, juntando, num só espaço, várias culturas e tradições, refere o presidente da Junta de Freguesia, José Jecas:

“Correu muito bem.

O nosso festival não tem nada a ver com as tradições dos caretos que se realizam no Santo Estêvão. É um festival para marcar o solstício de inverno e juntámos aqui também os caretos.

Há pessoas que vão a determinados locais para ver determinada cultura. Aqui é diferente pois vêm outras tradições ao nosso encontro e há uma mistura de culturas que é muito boa, mesmo para os visitantes, que assim conseguem, de uma só vez, ter a oportunidade de ver outro tipo de tradições.

É para continuar. Obviamente que este foi o primeiro ano e há muitas arestas que têm de ser afinadas, mas temos a certeza que estamos no bom caminho e vamos continuar.”

O festival deu depois lugar às festas de Santo Estêvão, que começaram no dia de Natal e terminaram ontem, com as tradições dos Caretos das Arcas, o cantar dos homens na missa, seguida de procissão, o ritual de transporte e arremate do charolo pelos caretos.

Escrito por ONDA LIVRE

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