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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

São Bartolomeu bem de interesse municipal, nas bodas de diamante do escadório [1949-2024]

 
Celebrar 75 anos [bodas de diamante/ brilhante] seja no casamento, ou no aniversário de uma estrutura edificada, é relembrar os duradouros anos de uma relação, uma etapa atingível por poucos, pelo que requer uma cerimónia com pompa e circunstância. Se no casamento são poucos os que assinalam esta etapa a dois, numa obra a celebração só falha se houver esquecimento, falta de empenho, ou má vontade. Mas, mesmo contra isso há sempre uma solução clássica: contra o esquecimento ofereço esta memória, contra a falta de empenho, apelo a uma maior diligência, contra a má vontade, que duvido que a haja, solicito gratidão e generosidade.

Vem isto a propósito da celebração dos 75 anos da inauguração do escadório do São Bartolomeu de Bragança [1949-2024 – “in” MB, Ano X, n.º 261, 20-08-1949, 4]. Sim, esta obra integrada na tal da Estância de Turismo que se quis projetar a exemplo do Bom Jesus de Braga. Se há algo em que o “escadario artístico” de Bragança se distingue é na sobriedade e modéstia construtiva, contra a monumentalidade arquitetónica do clássico escadório do Bom Jesus do Monte, rivalizando ambos na beleza diversa da paisagem citadina. O escadório de Bragança tem 233 degraus, contra os 573 de Braga, o de Bragança tem 23 patamares, o de Braga 17, o de Bragança tem 69, 60m de desnível, o de Braga 116m. Se o de Braga brilha pela aristocrática abundância de meios e recursos, o de Bragança insurge-se pela nobre e rústica simplicidade, pelo esforço e empenho de uma grande coletividade, que a expensas próprias, “pró bono”, o fez surgir.

O escadório do Santuário do Bom Jesus do Monte, tal como se conhece hoje, surge em 1722, por iniciativa do Arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles e, o de Bragança em 1949 nasce da iniciativa Municipal, levada a cabo por um grande grupo de Mordomos ligados ao Cabido da Catedral e liderados por João da Cruz Dias Parente.

Em julho de 2019 o Santuário do Bom Jesus foi classificado como Património Cultural Mundial da Humanidade pela UNESCO. Por aqui, para já, somos mais contidos. O Cabido da Catedral vai assinalar dentro em breve esta data com a apresentação pública de um livro e a inauguração de uma escultura evocativa. Não seria este também o ano para a edilidade considerar o SÃO BARTOLOMEU como um BEM DE INTERESSE MUNICIPAL quanto à proteção e valorização, no todo ou em parte, pelo valor cultural e pelo significado predominante que tem para este município? No mínimo.Não valerá a pena pensar nisto?

Pe. Estevinho Pires

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