Está em consulta pública, desde o fim da semana passada, o Plano Municipal de Ação Climática de Bragança. Um dos grandes objetivos do plano, que pode ser consultado no site oficial do município, é atingir a neutralidade carbónica em 2050, estimando-se a “redução progressiva de emissões de dióxido de carbono de -45% a -55% em 2030, -65% a -75% em 2040 e -90% em 2050, face a 2005”. Outro dos grandes objetivos é acabar com a pobreza energética no concelho até 2050.
Para isso serão implementas várias políticas, clarificou o presidente do município, Paulo Xavier.
“Bragança, à parte de outros municípios, foi pioneira na elaboração das estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, através do projeto ClimAdaPT, no qual o município faz parte da direção, também a nível nacional. Por isso, estão reunidas as condições para implementarmos várias estratégias como a redução de emissões de carbono, por exemplo, como temos vindo a instalar de painéis solares, substituímos da frota por viaturas elétricas, substituição das luminárias”, disse.
Para concretizar o definido, o município prevê, fazer mudanças no setor dos transportes, que representa 43% das emissões de Gases de Efeito de Estufa, setor agrícola, que representa 25% das emissões; setor residencial e serviços, que representa 16% das emissões; setor industrial, que representa 10% das emissões; e setor dos resíduos, que representa 6% das emissões.
No que toca, por exemplo, ao setor dos transportes, o que mais emissões representa, será eletrificado o transporte ligeiro privado, pesado de mercadorias e pesado de passageiros, vai ser aumentado o número de postos de carregamento para veículos elétricos e diminuído o consumo de derivados de petróleo na frota municipal, bem como serão reconvertidas vias rodoviárias tradicionais por vias pedonais e de mobilidade elétrica.
Para concretizar estas medidas, o município conta que haja financiamento.
“Poderá haver, parte do Governo e depois da CCRN, uma transferência de competências para que possamos fazer candidaturas, por exemplo, a nível europeu, onde também é necessária uma autorização nacional, para que possamos, efetivamente, levar a cabo estas iniciativas que, no fundo, refletem um compromisso na produção de fontes de energias renováveis e na redução da pegada de carbono. Essa tem que ser a linha de orientação. Quando falamos nesta abrangência e com as metas nacionais de política climática, tem de haver efetivamente apoio, se houver vontade política para isso, estou certo de que vamos conseguir atingir os objetivos”, rematou.
O plano está em consulta durante 30 dias, ou seja, até 8 de março.
Os interessados podem exprimir sugestões, observações e reclamações, bem como obter esclarecimentos sobre o plano, no site do município ou na própria câmara municipal.
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