A iniciativa, que decorre entre 2024 e 2027, resulta da colaboração entre várias entidades de Portugal e Espanha e é financiada em 75% pelo programa Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) da União Europeia.
A investigação, conduzida por biólogos e especialistas, assenta na modelação espacial para identificar áreas vitais para a fauna, possíveis corredores de ligação e barreiras à conectividade das espécies. Entre as espécies selecionadas para análise destacam-se a lontra (Lutra lutra), representativa dos mamíferos aquáticos e semiaquáticos, e o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), uma ave estepária e pseudoestepária.
O estudo pretende ainda mapear obstáculos que dificultam a circulação da fauna, como barragens, parques eólicos e estradas, e propor medidas para mitigar os seus impactos. Entre as soluções previstas está a criação de infraestruturas verdes, como muros de pedra seca, redes de charcas e galerias ripícolas, que promovem a biodiversidade e contribuem para a preservação dos ecossistemas.
Toda a informação recolhida será integrada no Observatório Ecológico Transfronteiriço do Douro (OET Durius), uma plataforma digital de acesso público que permitirá acompanhar a evolução da biodiversidade e promover a cooperação na gestão dos ecossistemas da região.
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