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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

VENHA O DIABO E ESCOLHA

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Pouco tempo depois de Donald Trump ter anunciado um projeto gigantesco com biliões a serem investidos no desenvolvimento da Inteligência Artificial através do projeto Stargate fomentado pelo patrão da OpenAI com o apoio do Softbank… caiu como uma bomba o anúncio da concorrente do ChatGPT, a chinesa DeepSeek, que, sem ficar atrás na performance tem por base uma infraestrutura muitíssimo mais leve e requereu um investimento a raiar o ridículo, quando cotejado com os produtos de Silicon Valley. 
O Mercado de Capitais de Nova Iorque ressentiu-se e deu um trambolhão de mais de seiscentos mil milhões de euros com desvalorização bolsista das tecnológicas associadas aos projetos de Inteligência Artificial americanos.
As reações não se fizeram esperar. Por um lado, a euforia de utilizadores e desenvolvedores que, tal como Liang Wenfeng, privilegiam o uso de código aberto, preferido pela comunidade científica para os seus estudos e pesquisas por facilitarem a colaboração de redes livres e universais. Por outro, em contracorrente, vieram logo os avisos, as ameaças, o semear do medo e, claro, as proibições, um pouco por todo o lado. Segundo o que é conhecido as razões para a “ameaça” chinesa repetem o cardápio já anunciado para limitar o uso da tecnologia Huawei na implementação das redes 5G e vão desde a preocupação com a privacidade dos dados, armazenados em servidores chineses, riscos de segurança nacional para os governos ocidentais, partilha de dados com os órgãos de poder e fuga de dados e informações. São preocupações legítimas, porém têm, a meu ver, de ser devidamente relativizadas.
A primeira interrogação que estas preocupações devem levantar, julgo eu, é: quem aproveita, e para quê, o conhecimento das minhas informações pessoais? E, uma vez que, na prática, como seguramente já todos perceberam, estamos imersos em ambientes digitais de gigantescas bases de dados a que dificilmente escapamos, que risco adicional corro se os mesmos estiverem guardados num regime autoritário, centralizador, controlador e que em nada depende da opinião dos cidadãos para se manter no poder, em vez de estarem à disposição de um regime democrático, sim, mas onde o poder está nas mãos de quem amnistia criminosos que atentaram, violentamente, contra a integridade do Estado e das Instituições Democráticas, ameaça tudo e todos que se lhe opõem, despede seletivamente funcionários da justiça que, em algum momento, baseados na lei vigente, promoveram ações que não lhe agradaram, acha que pode invadir um país, sem sequer ter de alegar quaisquer direitos históricos ou outros, mas apenas porque lhe convém ter acesso aos seus recursos naturais, se arroga no direito de deportar milhões de cidadãos para poder promover negócios imobiliários (área de negócio pessoal e privada) e, ainda, mas não na totalidade, entende que a eficiência do serviço público pode ser determinada por um empresário lunático e com avultados interesses no investimento público?
Até hoje, a única intervenção ilegal no uso indevido de dados pessoais aconteceu em resultado da colaboração da inglesa Cambridge Analytica e da americana proprietária do Facebok.


José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

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