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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Atenor: Três mil pessoas visitaram a XIII Ronda das Adegas

 A XIII Ronda das Adegas, que decorreu no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de junho, na aldeia de Atenor, no concelho de Miranda do Douro, recebeu a visita de mais de três mil pessoas, que ficaram maravilhadas com o acolhimento da população, a gastronomia servida nas antigas adegas e o ambiente festivo animado pela música tradicional.


O evento gastronómico, cultural e musical realizou-se, mais uma vez, na zona antiga da aldeia de Atenor, onde está edificada a igreja, o lagar, o tanque comunitário e as casas tradicionais. Neste circuito, em forma de triângulo, os milhares de visitantes foram presenteados com exposições, música, tasquinhas, oficinas e workshops.

Ano após ano, a Ronda das Adegas, na aldeia de Atenor, continua a atrair a vinda de milhares de visitantes portugueses, espanhóis e de outras nacionalidades.

O sucesso do evento, explica a Associação Cultural e Desportiva de Atenor, deve-se em primeiro lugar, ao acolhimento da população, que confiadamente cede os seus antigos currais e espaços de armazenamento das alfaias agrícolas, para a instalação das tabernas, tascas e oficinas de artesanato.

Este ano, no fim-de-semana de 6 a 8 de junho, a aldeia de Atenor, recebeu a visita de mais de 3 mil pessoas. O casal de espanhóis, Irene e Miguel Angel, vieram de Zamora, juntamente com um grupo de amigos, portugueses. Nesta sua primeira visita a Atenor, os vizinhos espanhóis ficaram impressionados com a utilização dos antigos currais e adegas para aí instalar os espaços de restauração.

Outros visitantes, Renata Aguiar e um grupo de amigos vieram de Bragança, à Ronda das Adegas, pelo terceiro ano consecutivo. A visitante portuguesa, também corroborou da opinião, que o que torna este evento em Atenor tão especial é a arquitetura vernácula da localidade, com as antigas adegas e currais, a servirem de espaços de encontro e convívio.

“Na aldeia de Atenor, outro destaque são os retratos das pessoas afixados nas ruas, o que vem personificar e tornar o ambiente ainda mais acolhedor e familiar”, disse, a jovem médica.

De Nice (França), a jovem estudante de Línguas, Havy, que está a realizar um estágio na associação FRAUGA, em Picote, aproveitou a estadia em Portugal, para conhecer a Ronda das Adegas, em Atenor. A joven francesa mostrou-se surpreendida pelo caloroso acolhimento e a simpatia das pessoas e ficou fascinada com a beleza dos campos agrícolas.

“Aproveitei a estadia na região, para visitar a Ronda das Adegas. A par do acolhimento das pessoas, fiquei maravilhada com a beleza das paisagens agrícolas que rodeiam a localidade”, disse.


Do lado dos expositores, Rafaela Trigo, instalou a adega “Copos e Companhia” num dos currais, da Ronda das Adegas, em Atenor. Após vários anos a “rondar” como visitante, este ano, juntamente com amigos, decidiram aventurar-se como “taberneiros”.

“Na minha opinião, o que torna a Ronda das Adegas um evento ímpar é a contínua aposta no que é tradicional, desde os espaços, passando pela música até à gastronomia. No decorrer do evento, na adega Copos e Companhia, servimos espetadas e bifanas de javali, caldo verde, grelhadas mistas, espargos selvagens, migas, alheiras, chouriças, entre outros petiscos. Nos três dias do evento recebemos a visita de pessoas e grupos vindos de Aveiro, Porto, Famalicão, São João da Madeira, entre outras localidades do país e do estrangeiro”, indicou.

Na visita à Ronda das Adegas, António Bárbolo, veio acompanhado da esposa, e ambos realçaram que a vinda de pessoas de várias regiões do país e também do estrangeiro, traz à localidade novas visões e contributos para o desenvolvimento local e regional.

Questionado sobre as razões do sucesso deste evento no planalto mirandês, o professor António Bárbolo, respondeu que a gastronomia, a cultura e a música são ingredientes que despertam a atenção e o interesse do público.

“A organização de eventos como a Ronda das Adegas exige uma constante renovação, seja no âmbito do espaço urbano onde decorre o evento, mas também no programa cultural, com a apresentação de novidades que continuem a gerar o interesse e a vinda de público. Outro aspeto a considerar na organização destes eventos é a renovação geracional, isto é, nestas localidades a população é maioritariamente idosa, pelo que importa envolver, desde cedo, os jovens na organização e dinamização dos eventos”, disse.

No final da XIII Ronda das Adegas, Hirundino Esteves, da Associação Cultural e Desportiva de Atenor, indicou que visitaram o evento mais de 3 mil pessoas. O dirigente associativo explicou que o sucesso desta iniciativa deve-se ao acolhimento prestado pela população aos visitantes, assim como à revitalização de antigas tradições, como a arquitetura das casas, os ofícios, a música e os jogos tradicionais.

“Antigamente, os currais que agora servem de adegas eram os espaços para alojar os animais, como as vacas, as ovelhas ou os burros. Quero agradecer à população de Atenor, a generosidade e a colaboração, ao ceder temporariamente os seus imóveis, para a reaização da Ronda das Adegas. Este evento tornou a aldeia de Atenor conhecida em todo o país e até no estrangeiro, o que traz retorno turístico e económico para a região”, disse.


De visita à XIII Ronda das Adegas, em Atenor, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, frisou que esta localidade do concelho, ao fazer uso de uma antiga tradição – o ir provar o vinho novo às adegas – conseguiu projetar-se em Portugal e no estrangeiro.

“Este sucesso deve-se ao trabalho de todos, a começar pela população de Atenor, que acolhe os milhares de visitantes durante os três dias do evento. Segue-se o trabalho da organização, prestado pela Associação Cultural e Desportiva de Atenor e a União de Freguesias de Sendim e Atenor. Para a realização do evento, o município de Miranda do Douro prestou um apoio financeiro de 10 mil euros, mais o apoio logístico”, informou.

A organização da XIII Ronda das Adegas, para fazer face às despesas, cobrou um valor de entrada (5€) ao público e angariou receitas com a venda das canecas e o aluguer dos espaços aos vários expositores.

HA

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