Uma petição com mais de quatro mil assinaturas e um estudo técnico que defendem a criação de um Serviço de Urgência Básica (SUB) em Torre de Moncorvo foram entregues na Assembleia da República (AR) pela Comissão de Utentes.
A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Torre de Moncorvo (CUCSTM) foi recebida em audiência na passada terça-feira, pelo presidente da Comissão de Saúde. "Estamos convictos de que quando as entidades que tutelam o Serviço Nacional de Saúde no país conhecerem o estudo vão apoiar a instalação de um SUB em Torre de Moncorvo", avançou o vereador da câmara de Torre de Moncorvo, António Moreira. O estudo foi encomendado pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, após a sua aprovação em Assembleia Municipal, a uma empresa de consultadoria na área da saúde.
Este trabalho permitiu elaborar um documento que serviu de base para "demonstrar" a necessidade de instalar um SUB no concelho. "O estudo só nos vem dar razão e desmontar que a instalação de um SUB no concelho de Foz Côa não foi uma boa aposta, dada a centralidade de Torre de Moncorvo", justificou o autarca. Tanto a Vâmara como a CUCSTM defendem que "há melhores condições" no centro de saúde local do que no espaço onde funciona a SUB no concelho vizinho de Vila Nova de Foz Côa. "Em Vila Nova de Foz Côa o SUB funciona em contentores alugados e até o equipamento de RX é alugado", referiu um membro da CUCSTM.
Com a instalação de um SUB em Torre de Moncorvo haveria economia de verbas, considerando que não será necessário pagar o aluguer de espaço e equipamentos técnicos, como acontece no concelho vizinho. Esta posição surge um ano após o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente de oito Centros de Saúde do distrito de Bragança.
Por seu lado, a CUCSTM avançou que dadas a perspetiva da exploração das minas de ferro no Carvalhal e o número crescente de trabalhadores na barragem do Baixo Sabor não restam dúvidas de que a instalação de um SUB em Torre de Moncorvo "faz todo o sentido". "Vivemos no concelho com uma população envelhecida e não há razão para drenar os doentes para Foz Côa, que na maioria das vezes são depois transportados para os hospitais da Guarda e de Coimbra", disse João Silva, membro da comissão. O Mensageiro apurou, que o próximo passo será dado no sentido de haver uma reunião entre os envolvidos no processo para instalação de um SUB em Torre de Moncorvo e o recém-nomeado responsável pela Unidade Local de Saude do Nordeste (ULS).
O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz pretende igualmente ser recebido por António Marçoa para esgrimir os seus argumentos. No entanto a ARS Norte e a Câmara de Vila Nova de Foz Côa assinam em Maio, no Porto, um acordo de cooperação para a construção do novo centro de saúde para o concelho duriense.
Esta nova unidade representa um investimento por parte da ARS Norte de cerca de dois milhões de euros, cujo prazo de execução será de aproximadamente três anos, permitindo assim substituir as instalações actuais "que para além de exíguas, já se encontram bastante degradadas".
Por: F.P.
in:mdb.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário