"Produzir mais dentro e vender mais fora” é o lema com que a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) pretende impulsionar o setor agroalimentar a ganhar escala para conseguir colocar nos mercados internacionais produtos que são “um sucesso” de vendas em Portugal.
O director regional de Agricultura e Pescas, Manuel Cardoso, apontou à Lusa o exemplo da alheira de Mirandela, que “significa um negócio de 30 milhões de euros por ano” só no concelho de origem.
O negócio deste enchido certificado movimenta mais dinheiro apenas no concelho de Mirandela do que os 27 milhões de euros gerados pelo azeite de todo o Trás-os-Montes, no ano de 2011, segundo dados do responsável pelo organismo estatal.
“Não há nenhum produto industrial que se assemelhe em termos de rentabilidade e de entrada de dinheiro na região que se lhe compare”, frisou o diretor regional, à margem de um seminário que decorreu durante dois dias, em Mirandela, para sensibilizar os agentes do setor para a aposta na internacionalização.
Produtos de Montanha
A direcção regional, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança, iniciou o que classifica de um trabalho de “motivação dos agentes económicos e do tecido empresarial para apostarem nestes produtos, que até agora tem sido um sucesso sob o ponto de vista da produção, sejam também um sucesso na comercialização”.
Os apoios de Bruxelas aos produtos regionais de qualidade irão ser também alargados, segundo disse, já que outros produtos poderão vir a beneficiar da distinção de qualidade e respetivos apoios com a criação de uma nova categoria.
De acordo com o diretor regional, além das atuais certificações, como DOP (Denominação de Origem Protegida) ou IGP (Indicação Geográfica Protegida), Bruxelas vai também atribuir o “selo” de qualidade “Produtos de Montanha”.
in:jornalnordeste.com
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