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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A Embaixada - Teatro Popular Mirandês

Aspectos da assistência num quelóquio
Foto do Arquivo de António Maria Mourinho
1. Versões existentes no CEAMM
Deste texto encontram-se no Arquivo de António Maria Mourinho um único exemplar, composto pelas quatro páginas apresentadas na edição digitalizada. De uma das páginas, contudo, existem várias cópias.
2. Origens
A Embaixada faz parte dos textos que, à semelhança das Loas e dos Autos de Natal, se representam(vam) na Terra de Miranda por ocasião dessa quadra festiva. Este texto,  mais extenso e com mais algumas anotações, encontra-se publicado no Mensário das Casas do Povo,  nº 17, 1947, páginas 8 e 9, com o título "Natal em Terras de Miranda - Texto fiel da «Embaixada»". No número anterior desta mesma publicação, António Maria Mourinho, num artigo publicado nas páginas 9 e 16, escreve que este "auto religioso pequenino"  é certamente uma "reminiscência dos já quase extintos autos medievais, representados na igrejas." Afirma ainda, quanto à "origem" do texto, que é "possível que pertença ao género da literatura de cordel", embora a sua origem seja popular.
As representações, presentes na vida e na memória do povo mirandês até ao início do século XX, foram  alvo de muitas proibições como a de D. José Alves de Mariz que, em Pastoral datada de 20 de Dezembro de 1890, proíbe “as pastoradas ou ramos do Natal, os autos da Paixão e Morte do Redentor".
Na opinião de António Mourinho, "os abusos e corruptelas" tinham atingido um grau de desenvoltura como nunca", em que os ensaios eram "ocasiões de reuniões orgíacas, promiscuidades e escândalos". O então pároco de Duas Igrejas relata como aquela proibição levou um grupo daquela aldeia, intitulado "da mão fatal",  a saquear a residência paroquial,  lançando-lhe dentro uma bomba e obrigando o pároco a fugir.
Foi com o objectivo de "corrigir" estes excessos, de forma a que a representação voltasse a ter a sua "pureza medieval", que António Mourinho se propôs recuperar o "texto fiel" desta Embaixada. Ele correspondeu, por outro lado, a um pedido que o etnógrafo  Dr. Luís Chaves, lhe fizera para que recolhesse esse texto. Mourinho assim o fez, recolhendo-o "da boca de várias velhinhas" e foi o mesmo publicado no suplemento literário da revistas Novidades, em 19 de Dezembro de 1943.
Embora, como dissemos, o texto, mais completo, se encontre publicado na referida Revista, pensamos que esta edição continua a ter algum interesse mais não seja porque desta forma se dá a conhecer, por outra via, o trabalho e a investigação do Dr. António Maria Mourinho.
3. Representações
Segundo informa António Maria Mourinho este texto foi representado, em Duas Igrejas, no Natal de 1945, acrescentando que "havia cinquenta e cinco anos que não se representava". Não temos notícia de representações posteriores.

in:tpmirandesp.no.sapo.pt

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