Em Morais, no concelho de Macedo, a segada e malha à moda antiga foram adaptadas aos tempos modernos, sem esquecer os tempos de antigamente. As tradições também estiveram em destaque em Vinhais, onde foi feita uma recriação etnográfica no Parque Verde de Artes e Ofícios da vila.
A boa disposição acompanha os segadores logo pela manhã. É ao amanhecer que se começa a ceifa para fugir ao calor que nesta época do ano dificulta a vida a quem trabalha no campo. Em Morais, no concelho de Macedo de Cavaleiros, ainda se sega à moda antiga. Com a foice em punho, os mais antigos recordam os tempos em que passavam meses a segar o centeio e o trigo nas redondezas. Hoje em dia os mais novos juntam-se à camarada de segadores, mas só em dia de festa.
É o caso de Lúcia Guedes, de 15 anos, que passa as férias na sua terra natal e desempenha o papel de aguadeira na recriação da segada em Morais. Seguimos até Palácios, no concelho de Bragança, onde depois de se fazer a segada e a malha é a vez de vários grupos de música tradicional percorrerem as ruas e subirem ao palco.
A população recorda os tempos de trabalho árduo com saudade e procura passar as tradições às novas gerações. Em Vinhais, várias associações culturais do concelho recriaram a malha tradicional, os ciclos da lã, do linho, da aguardente, da telha, do azeite e da manteiga de Travanca. Tarefas animadas por danças e cantares tradicionais.
Um fim-de-semana de tradições no Nordeste Transmontano, uma reportagem para ouvir na íntegra nas notícias das cinco da tarde aqui na Brigantia e para ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
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