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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 29 de julho de 2014

CASTELO DE REBORDÃOS

O “Castelo de Rebordãos”, também referido como “Castelo do Tourão”, localiza-se a cerca de 2 quilómetros a norte da povoação e freguesia de Rebordãos, concelho e distrito de Bragança, em Portugal.

Erguido sobre um penedo rochoso, em posição dominante sobre a povoação, é naturalmente defendido pelos lados oeste e norte. Do alto de seus muros avistam-se os castelos vizinhos de Bragança, Miranda do Douro, Outeiro de Miranda, Penas Róias, Vimioso, e as terras para além do rio Douro, até Zamora, na Espanha.


História


Embora não existam muitas informações acerca do primitivo povoamento de Rebordãos, deveria constituir-se em um núcleo de certa importância à época da Independência de Portugal. Quando Sancho I de Portugal (1185-1211) promoveu a afirmação de sua autoridade no nordeste transmontano, esta povoação recebeu carta de foral, passando a vila e sede de concelho (1208). Datará desta época o início da sua fortificação.


Dinis I de Portugal (1279-1325) concedeu novo foral à povoação (1285), passando o seu termo para a posse do seu filho bastardo, D. João Afonso.


Com o advento da Idade Moderna, a povoação e seu castelo perderam expressão, culminando, no século XVI, com a mudança da vila para novo local, mais a sudoeste, onde foram erguidos a Casa da Câmara e o pelourinho.


No início do século XIX, Rebordãos deixou de ser sede de concelho.


De acordo com as "Memórias" do Abade de Baçal, na primeira metade do século XX, no conjunto identificavam-se ainda alguns elementos de interesse, tais como "restos de fossos e muros com metro meio de largura por três de altura" nas zonas aparentemente de mais fraca defesa, e "paredes formando pequenos compartimentos (...) casas de habitação?", no interior". (ALVES, Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal. “Memórias Histórico-Arqueológicas do distrito de Bragança (4ª ed.)", vol. IX, 1987, p. 8).


Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 40.361 publicado no Diário do Governo, I Série, nº 228, de 20 de outubro de 1955.


O imóvel foi afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR), pelo Decreto-lei nª 106F/92, publicado no Diário da República, I série A, nº 126 de 1 de junho de 1992.


Atualmente, alguns dos testemunhos arqueológicos recolhidos em seu perímetro, como restos de cerâmicas, moedas, setas, esporas, e outros, podem ser observados no Museu de Bragança.


Características


Castelo de montanha, na cota de 970 metros acima do nível do mar, de pequenas dimensões, apresentava planta elíptica, orgânica, com muralhas em aparelho de pedra miúda de granito argamassado, com uma espessura aproximada de 1,5 metros e, em alguns troços, até três metros de altura. O recinto assim muralhado ostentaria originalmente uma planta sub-quadrangular, abarcando uma área algo reduzida.


A sua função é indefinida: embora necessitando de maior pesquisa, o seu sistema defensivo é rudimentar, não tendo sido identificada uma torre de menagem.


O seu portão de entrada rasgava-se a sul.


A lenda do castelo de Rebordãos


A tradição local afirma que este castelo era habitado por um potentado mouro, a quem as povoações limítrofes pagavam um tributo na forma de certo número de donzelas, destinadas ao seu harém. Certa noite, quando ele dormia, uma delas deu sinal, segundo combinara, colocando uma vela acesa no prado, ainda hoje, por isso, chamado da Vela Acesa. O castelo foi invadido, destruído, e o régulo mouro morto, sendo as cativas libertas. (PARAFITA, Alexandre. "A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros". Vila Nova de Gaia: Gailivro, 2006 , p. 213-214.)


in:fortalezas.org

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