A seca está a afectar as primeiras variedades de castanha que já começaram a cair e, na sua maioria, com um menor calibre do que no ano anterior.
É o caso de variedades como a aveleira, a judia ou as variedades francesas. No entanto, sendo estas de maior calibre e de menor impacto na economia da região, os efeitos da seca ainda não se fizeram sentir com grande intensidade.
O presidente da Arborea, Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana, sublinha que a variedade mais esperada e que representa a Terra Fria, a longal, pode estar pouco desenvolvida e esse poderá ser o maior problema desta campanha.
“Há muitos ouriços mas muitos deles são pequenos. Desenvolveu-se muito fruto e o que pode acontecer é, havendo um ano seco, a castanha pode não ter crescido e estar abortada”, revela Abel Pereira.
Apesar do aparecimento da vespa do castanheiro no distrito de Bragança, os efeitos desta praga devem notar-se só no próximo ano. Abel Pereira perspectiva, por isso, que esta seja uma campanha “razoável” de castanha. “Não havendo outros problemas como a septoriose, à semelhança daquilo que aconteceu no ano passado, devemos ter um ano equilibrado”, considera o responsável.
O investigador alerta ainda para a mudança no modelo tradicional de plantações de castanheiros, que está a ocorrer devido às alterações climáticas. Um dos sinais dessa mudança é o facto de os castanheiros estarem a ser plantados em terrenos acima dos 900 metros de altitude, o que era impensável há 20 anos. “O aumento de altitude significa que onde temos castanheiros, provavelmente daqui a 40 anos vamos ter oliveiras. Falta saber o que poderá aparecer na Terra Quente.
Por exemplo, já estamos a encontrar olivais no Zoio, o que seria impensável há 20 anos”, constata Abel Pereira. Ainda segundo o responsável da ARBOREA, o castanheiro é “a excelência paisagística da Terra Fria” e a região “não tem alternativa agronómica ao castanheiro”.
Escrito por Brigantia
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