Assinalam-se este mês 20 anos da Navegabilidade do Douro, um projeto que revolucionou o turismo e a economia de uma região e de um país.
Centenas de milhares de turistas de todo o mundo, cruzeiros de luxo, milhões e milhões de euros… fluem anualmente pelas águas do Douro. Quem vê à noite a telenovela da SIC (“Coração D’Ouro”), percebe bem a grandeza de que se fala.
Mas será que todos os que hoje usufruem deste filão milionário saberão que a luta para tornar o Douro navegável em toda a sua extensão (210 quilómetros) foi dura e longa? Uma luta de David contra Golias (o Douro contra Lisboa) que começou em 1965? E teve como principal “guerreiro” um velho jornalista, Rogério Reis, votado ao mais injusto silêncio, que alimentou durante anos uma campanha ininterrupta em prol da navegabilidade, escreveu um livro sobre o tema, fez centenas de reportagens e editorais, conferências, interpelações diretas a governantes antes e depois do 25 de abril (ainda o conheci nessa ribalta)? Um homem que morreu invisual, num bairro social de Vila Real, e que nunca chegou a entrar num desses cruzeiros luxuosos?
Como a memória dos homens (homens?!) é curta!...
(ap)
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A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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