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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Assinatura da Carta Europeia de Línguas Minoritárias

O presidente da Câmara de Miranda do Douro (PS), apelou hoje ao ministro da Cultura para a importância da assinatura, por Portugal, da Carta Europeia de Línguas Minoritárias (CELM).

"Sensibilizei o Governo, na pessoa do senhor ministro da Cultura, João Soares, para a necessidade da subscrição por parte de Portugal da CELM, no sentido de dar valor à língua mirandesa, no contexto das línguas minoritárias no espaço europeu", explicou à agência Lusa, Artur Nunes.

O autarca socialista de Miranda do Douro havia afirmado à Lusa, no passado mês de junho, que o Estado português não pode continuar a "assobiar para o lado" e tem o dever de assinar um documento como é a CELM.

A Carta Europeia de Línguas Minoritárias é um tratado adotado em 1992 pelo Conselho Europeu para promover e proteger as línguas regionais e minoritárias históricas, e Portugal "é dos poucos países europeus" que ainda não assinou o diploma.

Artur Nunes frisou que é preciso proteger as línguas minoritárias, que em alguns casos são línguas oficiais, como é o Mirandês em Portugal.

"A Assembleia da Republica reconheceu o Mirandês como segunda língua oficial em Portugal, [Lei 7/ 99 de 29 de janeiro] e desde aí não foram dados passos. Portugal, no contexto europeu, deveria ter assumido a assinatura do AELM", enfatizou.

Para o autarca, o Mirandês é um recurso que a região tem de valor imaterial e o Ministério da Educação terá de tomar decisões no que respeita à oficialização do mirandês nas escolas do concelho e Miranda do Douro e não só.

A assinatura da CELM é um "desejo antigo" que atravessou diversos governos aos longos dos tempos.

Em 2008, foi estabelecida uma convenção ortográfica, patrocinada pela Câmara de Miranda do Douro e levada a cabo por um grupo de linguistas, com vista estabelecer regras claras para escrever, ler e ensinar o mirandês, bem como para estabelecer uma escrita o mais unitária possível e consagrar o Mirandês como a segunda língua oficial em Portugal.

O ensino do Mirandês, como opção, nas escolas do concelho de Miranda do Douro, é ministrado desde o ano letivo 1986/87, por autorização do Ministério da Educação.

Agência Lusa

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