O professor de Direito, ex-ministro do Ultramar, critica o desprezo a que considera que tem sido votada a CPLP e o Instituto da Língua Portuguesa pelos próprios portugueses. “É um grande erro o descaso em que a governação portuguesa tem tido essas instituições, incluindo o Instituto da língua Portuguesa.
O projecto da Comunidade, que se chama hoje CPLP, deve-se à Sociedade de Geografia de Lisboa, com dois congressos. Mais quem fez, foi o Brasil. O embaixador que tratou disso, nunca fez um discurso em que não citasse a Sociedade de Geografia e a mim, que eu ajudei, mas quem fez foi o Brasil”, sublinhou.
Adriano Moreira lembrou ainda que a ideia de um Instituto Internacional de Língua Portuguesa partiu de Portugal mas acabou por ser consolidada pelo Brasil. “Quem teve a ideia de um Instituto Internacional da Língua Portuguesa, que hoje interessa tanto ao nosso projecto do Museu da Língua foram os portugueses, que sugeriram que se fizesse um Instituto onde os países que foram libertados estivessem em pé de igualdade, no sentido em que teriam completa liberdade. Foi aprovado. Mas quem o fez, foi o presidente do Brasil”, acrescentou.
Adriano Moreira lamenta que os políticos não abordem este tipo de questões, nem mesmo em campanha. “Nós acabamos de ter duas eleições importantíssimas: para a Assembleia da República e para a Presidência e nunca ouvi discutir estes problemas na campanha. São duas janelas de liberdade para o país: a CPL e o Instituto da Língua Portuguesa”, frisou o professor.
Recorde-se que Adriano Moreira foi o impulsionador da ideia da criação de um Museu da Língua Portuguesa em Bragança, cujo projecto está já a ser elaborado e aguarda a obtenção de fundos comunitários.
O Museu da Língua Portuguesa deverá ser criado no edifício dos antigos silos da EPAC.
Escrito por Brigantia
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