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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 21 de agosto de 2016

UTAD está a criar banco de sementes para garantir o futuro da floresta autóctone

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) associou-se a várias entidades para recuperar e proteger as sementes de muitas dessas espécies a fim de assegurar a sua salvaguarda e a possibilidade de reflorestação dos territórios no futuro.
João Fidalgo Carvalho vê com preocupação a “degradação do território e a consequente destruição da floresta autóctone, em grande parte pela mão do homem, de que o flagelo dos incêndios é apenas uma das faces visíveis do fenómeno”. 

O docente e investigador do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD, diz que “tempos virão em que perceberá que, sem a biodiversidade ativa, estará em causa a qualidade de vida nos territórios”. O arquiteto assume a importância crucial da preservação da floresta autóctone, em especial as espécies folhosas, relevantes que são não apenas a nível ambiental e ecológico, mas também do ponto de vista económico e por tal facto, juntamente com os seus estudantes, é já responsável pela plantação de 300 mil árvores nos últimos anos. 

Sob a sua liderança a UTAD já estudou cerca de 60 espécies autóctones, sendo que desse total há 10 espécies hoje muito raras e quatro já praticamente extintas. João Fidalgo Carvalho conta que “do mostajeiro, uma espécie outrora muito usada para madeira e artesanato e cujo fruto as populações aproveitavam para uma excelente compota, já só conheço duas árvores, uma nas Beiras e outra em Trás-os-Montes”, salientando que “contrariamente ao que sucede com as espécies introduzidas, as autóctones adaptam-se melhor às condições climáticas locais, resistem melhor às pragas e doenças e, inclusive, contribuem para a mitigação das alterações climáticas”. 

Numa Nota de Imprensa divulgada pela Assessoria de Comunicação da UTAD refere-se que esta instituição universitária está apostar fortemente no estudo das sementes para que se possam recuperar espécies em extinção, e, no futuro, se possa reflorestar o território com qualidade, tendo em conta que a qualidade das sementes é um dos importantes aspetos a ter em conta em qualquer programa de arborização. 

“Infelizmente na geração atual ainda há muita gente que negligencia a floresta e olha as árvores como algo descartável na natureza, mas temos de manter a esperança de que outras gerações virão e perceberão como a floresta é fundamental para a sobrevivência da humanidade. Daí que proteger os recursos genéticos e promover a arborização de espécies autóctones, seja também uma forma de proteger o futuro”, lembra o investigador.

in:noticiasdonordeste.pt

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