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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

… quase poema… ou de Lisboa

Por: Fernando Calado
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Em Lisboa há muita gente… muita casa… muita luz… e o marquês de Pombal a Oriente…
… em Lisboa está o meu futuro…todos os afetos… a ternura em cada riso que se desenha à hora da chegada… e só por isso Lisboa… é a minha cidade… onde reinvento os montes na espuma branca e revoltosa do mar… Vasco da Gama… e a Índia tão perto…
… em Lisboa mendiga-se na rua e os pobres tombam na calçada… à sombra… enquanto o sol se esconde no Bairro Alto…
… ficam os silêncios… as memórias e as solidões penduradas nas ameias do castelo de São Jorge… ficam os meus olhos de pedinte… mendigando a sombra dos freixos… onde habita a felicidade… fica este desencanto do homem antiquíssimo que carrega penosamente todas as mágoas do mundo… e morre-se… e ninguém repara que se morre…
… e Sérgio Godinho alivia a longa noite de Lisboa… vestindo as grandes perdas de canções: “Que força é essa, amigo… que te põe de bem com outros… e de mal contigo!”
… em Lisboa há muita gente… muito mar… muitos ricos… muito pobres…
… na minha aldeia… há pouca gente… mas não há pobres…
e a calçada é branca… em noites de geada… e sempre florida de páscoas e alfazema… quando os sonhos amanhecem…
…e eu estou sempre à espera do tempo das rosas… para beijar a madrugada… e encontrar a primavera junto ao poço da minha horta!


Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.


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