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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Documentário narrado pela voz inocente das crianças de etnia cigana do Bairro da Formiga, Penhas Juntas (Vinhais)

Rui Pilão é um jovem realizador, natural de Bragança e fez um documentário sobre a comunidade cigana da aldeia de Penhas Juntas, no concelho de Vinhais. O filme mostra as condições de habitabilidade das cerca de 60 pessoas que moram no Bairro da Formiga.
“A minha casa não tem casa de banho e eu gostava que tivesse”, disse uma criança do Bairro.
“Quando for grande quero ser construtor para construir uma casa aos meus pais”, acrescentou outra.

São meninos de etnia cigana e estas histórias de vida estão reunidas no documentário de Rui Pilão. O jovem realizador, natural de Bragança que produziu um filme de 3 minutos com o objectivo de participar num festival norte-americano. Uma experiência diferente, como referiu o autor: “a maior parte das pessoas tem uma ideia pré concebida da comunidade cigana. Esta experiência deu-me uma perspectiva completamente diferente. Por exemplo, eles são os proprietários dos terrenos, eles não se apropriaram dos terrenos. O bairro começou com uma família que adquiriu o primeiro terreno, construiu uma casa e depois cresceu a partir daí. Ou seja, todos os terrenos que eles têm são deles”.

Rui Pilão pretendeu contar o filme através das mensagens inocentes das crianças: “a minha abordagem foi contar o filme através da inocência das crianças. Fui aquilo que me apercebi. É que apesar das dificuldades que eles passam, eles brincam e distraem-se e são felizes, dentro daquela realidade que vivem. É um bocado inconcebível para nós porque estamos a um estilo de vida e que às vezes somos infelizes, são algo aparente”, acrescentou o jovem realizador.

O realizador também conta que estas famílias são discriminadas na sociedade: “os homens adultos todos eles trabalham, só que como são famílias numerosas e acabam por ter poucas oportunidades na sociedade porque são discriminados. E sentem isso. Mas nunca vi a fazerem-se de coitados. E isso também mexeu comigo. E é importante para mudar a perceptiva que as pessoas acham que eles estão a pedinchar. Não! Estamos a dizer que é importante tratar as pessoas com dignidade. As pessoas têm que ter o mínimo ”.

O filme foi gravado através de um smartphone e agora está a concorrer no festival norte-americano que só aceita produções realizadas através de smartphones.

“Nasci no Bairro da Formiga e sou feliz”, diz um menino do Bairro.

Escrito por Brigantia
Foto: Rui Pilão
Jornalista: Maria João Canadas

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