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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

João de Sousa Araújo – Estátua de D. Afonso Henriques (1993)

A estátua de D. Afonso Henriques, no largo que leva o nome do monarca, situado na Avenida Cidade de Zamora, foi erguida para comemorar os 850 anos da assinatura do Tratado de Zamora. O Presidente da Câmara de Bragança, Luís Mina, no ato da sua inauguração, referiu como Bragança tinha desejado que as comemorações “fossem nacionais e tivessem o apoio e empenho das várias instituições estatais e governamentais”; porém, como esta postura não tivera o desejado acolhimento, a Autarquia e a Assembleia Municipal, representada nas cerimónias pelo seu Presidente, Adão Silva, tomaram a decisão de concretizar o projeto.

Estátua de D. Afonso Henriques (1993)
Autoria: João de Sousa Araújo
Assim, ficou exarada, por unanimidade, em ata de 26 de julho de 1993, a aprovação da proposta da execução do busto de D. Afonso Henriques apresentada pela Academia de Letras e Artes de Lisboa. Luís Mina, no seu discurso oficial, apontava a razão determinante que havia presidido ao projeto, o desejo que a geminação com Zamora fosse cada vez mais estreita e conseguisse os seus objetivos nesta época em que as fronteiras quase desapareceram.
O monumento, representando o nosso primeiro Rei, e que marca a efeméride dos 850 anos da independência de Portugal, faz parte de um conjunto de três, encontrando-se os outros dois em Torres Novas e em Zamora, pertencendo a sua autoria a João de Sousa Araújo, à época presidente da Secção de Escultura de Letras e Artes, instituição que ofereceria o exemplar à cidade de Zamora.
Afonso Henriques, cujo busto em bronze encima uma estrutura granítica em forma de escudo, que serve de pedestal, evidencia uma postura altiva e determinada, própria do fundador da nacionalidade. João de Sousa Araújo, artista polifacetado (arquiteto, escultor e pintor), nascido em 1929, foi discípulo do próprio pai, Renato de Araújo, e de Leopoldo de Almeida. Licenciado pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, exerceu aí a docência, tendo sido premiado pela Sociedade Nacional de Belas-Artes, em 1951. Dedicou-se, para além da arquitetura, escultura e pintura, a outras disciplinas artísticas, entre as quais a gravura, o vitral e a cerâmica, desenvolvendo uma extensa atividade no âmbito da arte sacra, destacando-se a sua participação no Santuário de Fátima. Desenvolvendo uma atividade artística intensa, participou em vários eventos internacionais.
Foi na qualidade de presidente da Secção de Escultura de Letras e Artes que João de Sousa Araújo surgiu como autor dos monumentos de Bragança, Zamora e Torres Novas.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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