(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Através dos tempos, sempre se usou “ rótulos” para xingar ou destruir a carreira dos adversários.
Os mais velhos, ainda se recordam do famigerado termo: “Fascista”, que serviu para aniquilar todo e qualquer rival.
Agora não amedronta, seja quem for, muito menos as gerações mais recentes. Tantas vezes repetida…gastou-se…
Atualmente, a moda, é apelidar de: “Racista”!
Ser racista, é o pior nome feio que se pode lançar sobre o inimigo. Faz tremer o mais valente, desarmando o mais afoito.
Outro “rótulo” eficaz, para aniquilar a honra, do mais honrado citadino, nesta época da globalização, – é: “Xenófobo”
Xenófobo é termo da moda. Palavra corriqueira, que serve para “ matar” qualquer discussão; rótulo perigosíssimo, o mesmo que: cruel ou mau.
Xenófobo, confunda-se, infelizmente, com nacionalista, mesmo sendo aberto, como define Michel Winock, em: “ Antissemitismo e Fascismo em França”, há muito que deixou de ser virtude…
Outro termo, que destrói a carreira de muitos, é: “Populista” – ainda que hajam populistas bons (que é o dos nossos amigos); e populistas maus (dos que não pensam como nós)
Ser populista, é gostar do povo mais pobre; ou proferir palavras que a turba gosta, e soam bem aos sentimentos…
Creio, que não há político, que não seja um pouco populista…
Na época dos nossos avós, em Portugal, o nome feio, era: “ Talassa”. Ser talassa, era gostar da Monarquia. No tempo da República, podia valer valente surra… ou coisa pior…
No século XIX, a palavra “Liberal”, era maldita. Ainda tenho a obra de D. Felix Sardão Y Salvani Presbytero: “ O Liberalismo é Pecado”, datada de 1885.
Na minha juventude, quando se queria destruir o antagonista, ou camarada de profissão, chamava-se de: “Comunista”. Era o bastante para que fosse preso, saneado da sociedade, e de cargos rendosos.
Todas as épocas, têm termos, que servem para rotular, os que não gostamos ou queremos destruir.
E são eficazes: porque o vulgo, julga que pensa, mas nunca pensa… é apenas repetidor do que ouve…Repetidor: cruel, e algumas vezes: assassino.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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