“O número de caçadores tem vindo a diminuir devido a burocracias e também há falta de caça. Tudo isso faz com muitas pessoas desistam e é pena, porque é uma actividade, ao contrário daquilo que muita gente pensa, bonita e é o contacto com a natureza, desde que seja uma caça responsável, porque é, e é a protecção das próprias espécies cinegéticas, porque ao contrário daquilo que as pessoas pensam, o caçador não matam tudo”, explicou Fernando Macedo.
A montaria ao javali teve bastante adesão, mas os caçadores regressaram sem javalis. O caçador Valter Costa mostrou-se contente pelo espírito vivido na montaria, mas reconhece que o sector já não é o que era.
“O sector da caça está agora mais ligado à comercialização, isto é, não está tão ligado à paixão da caça, mas à parte do dinheiro e da sustentabilidade”, disse.
A feira contou com a participação de vários comerciantes locais e do concelho de Mirandela que aproveitaram para vender os seus produtos.
“Tenho peças de artesanato, que o meu marido faz, e rendas e bordados. Já participei algumas vezes”, referiu a expositora Maria Salgado, de Franco.
Paulo Pontes, presidente da União de Freguesias de Franco e Vila Boa salienta a importância da iniciativa para dinamizar a aldeia, com a participação das associações locais.
“Infelizmente, todo o nordeste e interior está cada vez mais isolado e, portanto, têm que ser a entidades locais a dinamizar o comércio local. É uma mais-valia para os agricultores que durante o ano trabalham e que agora têm uma hipótese de fazerem o escoamento dos seus produtos”, explicou.
A “Feira Franca e dos Produtos da Terra” aconteceu ao longo do fim-de-semana e no dia de ontem realizou-se um almoço para todos aqueles que quisessem comer javali no pote.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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