“Se não houver o cuidado de ter em atenção as populações e se nos fixarmos apenas na parte biológica do território acabamos por promover a desertificação”, acrescentou.
Para o representante da Federação Nacional dos Baldios, o turismo que se pratica em áreas de montanha não está a deixar benefícios para as populações.
Além de defender que as comunidades deveriam ser ressarcidas pelos serviços de ecossistema prestados, Pedro Gomes entende que deveriam ser também compensadas pelas actividades que são interditas nas áreas protegidas.
O presidente desta entidade Carlos Gomes considera que a região tem muito potencial neste tipo de actividades, ainda que algumas delas estejam ainda a ser pouco exploradas.
“Nós vamos fazendo coisas por aqui, exploramos, escolhemos um percurso que tenha determinadas componentes desportivas e que tenha componente de aventura, nem sempre com muito risco. É no parque de Montesinho, por isso temos sempre alguns condicionamentos”, explicou.
Estas ideias foram defendidas nas “Jornadas Montanha, desporto e desenvolvimento sustentável”, promovidas, sexta e sábado passados, pelo Instituto Politécnico de Bragança e pela Federação Portuguesa de Montanhismo.
As jornadas serviram para comemorar o dia internacional do Montanhismo, que se assinala anualmente a 11 de Dezembro. Além das comunicações, o programa incluiu uma caminhada no Parque Natural de Montesinho.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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