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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 13 de março de 2021

Sinais da Primavera: o regresso das alvéolas-amarelas

 Nesta altura do ano, a chegada das aves migradoras é esperada com entusiasmo. As alvéolas-amarelas são um primeiros sinais de que a Primavera está próxima.

Macho adulto. Foto: Frank Vassen/WikiCommons

Cada Primavera é especial e há sempre muito por que aguardar. Mas talvez este ano, depois de meses de pandemia e confinamento, precisemos de um conforto emocional extra.

Nisso as aves podem ajudar, em especial a colorida alvéola-amarela (Motacilla flava).

Alvéola-amarela. Foto: Standbild Fotografie/WikiCommons

Esta é uma das mais coloridas aves portuguesas. Os machos adultos têm uma plumagem amarela no peito e no ventre e a cabeça azulada. Nas fêmeas as cores são menos vivas e os juvenis são mais acastanhados.

“A chegada das primeiras alvéolas-amarelas representa, tal como a das andorinhas, um dos primeiros sinais de que a Primavera está próxima”, diz Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Macho adulto. Foto: Marton Berntsen/WikiCommons

A alvéola-amarela é um dos migradores estivais mais precoces. “As primeiras aves aparecem ainda em Fevereiro, sobretudo na última semana, mas a maioria chega já em Março.”

Estas aves passam o Inverno na África subsariana e nidificam em praticamente toda a Europa. 

“Geralmente fazem os ninhos no solo, junto a um tufo de vegetação herbácea. É uma pequena taça feita de ervas”, explica Gonçalo Elias.

Podemos procurar ver ou ouvir estas belas aves em “locais com alguma humidade, próximos de água mas com vegetação de pequeno porte”.

Gonçalo Elias sugere como bons sítios para procurar “as terras baixas do litoral, desde o Minho ao Algarve, nomeadamente junto a estuários, lagoas costeiras, ou grandes várzeas”. Aí frequenta sapais, arrozais, terrenos encharcados ou prados húmidos.

“No interior norte frequenta ainda lameiros e pastagens de altitude.”

“Durante as épocas de passagem migratória aparece com regularidade noutras regiões do país, por exemplo no interior alentejano, e nessa altura é frequente observá-las nas margens de barragens ou açudes.”

O canto desta espécie é “pouco elaborado, sendo composto por notas curtas, mas bastante características”.

Foto: Ekaterina Chirnetsova/WikiCommons

Quando chega Agosto ou Setembro, a maior parte das alvéolas-amarelas que nidificam em Portugal (subespécie iberiae) parte rumo ao continente africano.

Mas nessa altura “aparecem também muitos indivíduos em passagem, vindos de países situados mais a norte”. Então é frequente observar-se algumas aves pertencentes a outras subespécies europeias, nomeadamente a flavissima, que nidifica na Grã-Bretanha, a flava, que vem da Europa central e a thunbergi, que é oriunda dos países nórdicos, explica Gonçalo Elias.

“Em anos recentes, a espécie tem sido observada em pleno Inverno na lezíria de Vila Franca de Xira, em números muito reduzidos, o que sugere que exista uma pequena população invernante nessa zona.”

Helena Geraldes

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