A obra pode reportar-se apenas a uma pequena aldeia do nordeste transmontano, mas a verdade é que permite que as memórias e as histórias daquela povoação nunca sejam esquecidas. Um caminho que o autor considera que outras localidades podiam seguir, sob pena de a identidade de várias se perder no tempo.
Francisco Vaz, natural daquela aldeia, professor nas Universidades de Coimbra e Évora, é o autor do livro e mostra-se satisfeito por ser o responsável de que as próximas gerações conheçam melhor Pinelo.
“Há um ditado africano que diz que quando morre um velho é uma biblioteca que arde. Portanto, se não passarmos para escrito essas tradições, contos, lendas e anedotas que se contavam à lareira na taberna, perdemos definitivamente a possibilidade de gerações futuras não terem conhecimento desse património”, referiu.
O professor universitário tem várias obras publicadas. Esta surgiu no seguimento de uma outra que já tinha editado.
“Uma pequena monografia sobre a aldeia em 2002. Tinha uma capítulo intitulado ‘literatura oral’, com alguns contos e lendas da tradição popular de Pinelo e das terras de Vimioso e, nessa sequência, fui recolhendo, nos tempos livres, os contos que na aldeia, pessoas de idade e da minha família, contavam”, contou.
O autor garante que o livro tem sido bem acolhido, sobretudo pelas gentes da terra.
Francisco António Lourenço Vaz, nascido em 1955, em Pinelo, é licenciado em História pela Universidade do Porto, tirou mestrado na Universidade Nova de Lisboa e doutorou-se em Évora, onde é professor.
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