Filandorra Teatro. Foto: ©João Oliveira |
A Filandorra está em Residência Artística no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, a preparar aquela que é a 78ª Produção, O barrete de Guizos de Luigi Pirandello, dramaturgo italiano do século XX e Prémio Nobel da Literatura em 1934, um grande renovador do teatro reconhecido pelo seu profundo sentido de humor e originalidade. Para a encenação do espetáculo, a Filandorra renovou o convite a Filipe Crawford, encenador que tem colaborado com a Companhia em temporadas anteriores, nomeadamente com a encenação de O teatro cómico de Goldoni em 1997 e Não se brinca com o amor de Musset em 2019.
Trata-se da primeira residência artística do TRC depois ter integrado a RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, e vem reforçar as dinâmicas e metodologias criativas daquele espaço, uma das premissas para os concursos de Apoio à Programação dos Equipamentos Culturais que integram a RTCP da DGartes/Ministério da Cultura cujas candidaturas estão anunciadas para 9 de outubro.
Esta estreia, agendada para 29 de outubro, configura a nova dinâmica preconizada pelo TRC sob a tutela do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal tendo como responsável pela programação Rui Santos, e que tem afirmado o TRC na região como centro dinamizador e promotor do teatro, com a programação regular de atividades da Filandorra em vários domínios artísticos, nomeadamente no desenvolvimento de públicos em articulação com o ensino formal a partir da implementação do projeto CEDITES – Centro de Divulgação de Teatro para as Escolas e que já levou ao “scala” do Douro mais de 5 000 alunos em ciclos de teatro organizados; na receção de estreias em Residência Artística e na programação de espetáculos para o público em geral.
O Barrete de Guizos é uma comédia que obriga à reflexão sobre nós próprios e a sociedade que nos rodeia, e conta a história de uma esposa enganada, que denuncia publicamente o marido e que é obrigada a retratar-se declarando-se louca, para salvar o puritanismo apodrecido existente e a moral religiosa omnipresente… O elenco é composto pelos atores Anita Pizarro, Bibiana Mota, Débora Ribeiro, Helena Leitão, Sofia Duarte, Bruno Pizarro e Silvano Magalhães. Na técnica Carlos Carvalho e Pedro Carlos em colaboração com a equipa técnica do TRC. Na produção e comunicação Cristina Carvalho e Silvina Lopes.
Depois da estreia de Diabos e Diabritos num saco de mafarricos de Alexandre Parafita no passado mês de maio em Vinhais, esta é a segunda produção a estrear no âmbito do projeto “Reportórios, Territórios e Identidades” com Direção Artística de David Carvalho e apoiado pelo Programa de Apoio Sustentado – Teatro da DGartes/Ministério da Cultura, e que prevê para o biénio 2021/2022 a estreia de mais quatro produções que vão dinamizar a maior Rede Protocolada do país: O Velho da Horta de Gil Vicente no Centro Cultural de Vila Flor, O Cerejal de Anton Tcheckov na Casa da Cultura de Alfândega da Fé, Sonho de uma noite de verão de William Shakespeare no Teatro de Vila Real – Parque Corgo, e Dentes de Rato de Agustina Bessa Luís no Cineteatro Raimundo Magalhães, em Vila Meã-Amarante no âmbito do centenário do nascimento da escritora.
Sem comentários:
Enviar um comentário