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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

CIM Terras de Trás-os-Montes lança Campeonato de Jogos Tradicionais

 Revitalizar e valorizar os jogos tradicionais enquanto património identitário do território são as premissas deste projeto que quer fazer dos mais jovens o garante da tradição.


Jogar ao fito, à raiola, ao pião, lançar o ferro ou a relha, jogar à bilharda, fazer uma corrida de sacos ou de cântaros, subir ao pau ensebado ou jogar à tração à corda, são alguns exemplos de jogos coletivos tradicionais, muito populares há algumas décadas, mas que pouco a pouco caíram em desuso e boa parte das crianças e jovens da atualidade nunca nem sequer ouviram falar.

Reconhecendo o valor patrimonial imaterial dos jogos tradicionais a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) quer revitalizar esta tradição através da realização de um Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais.

O projeto surge no âmbito do programa Cultura para Todos, aprovado pelo Programa Operacional NORTE 2020, e conta com equipas especializadas que vão trabalhar o tema criando uma ponte entre a tradição e a inovação. A ideia passa por desenvolver soluções que permitam tornar estes jogos mais atrativos junto dos jovens, sem deixar perder a sua originalidade.

As escolas são um dos públicos-alvo prioritários e vão ser desafiadas a participar, motivando os jovens a conhecer, a aprender e a praticar alguns dos jogos tradicionais mais representativos no respetivo concelho. Estes jogos coletivos exigem que se criem equipas, que exista trabalho em grupo, que promove a interação, que estimula o convívio. Numa altura em que o uso excessivo da tecnologia por parte de crianças e jovens está na ordem do dia, em que o próprio contexto pandémico remeteu ao isolamento, esta iniciativa surge como uma oportunidade de trabalhar a socialização, a integração, o espírito de grupo e o sentimento de pertença, tão importantes na formação da personalidade dos mais novos.

O Campeonato Intermunicipal vai decorrer em duas fases, numa primeira fase as equipas vão concorrer a nível concelhio e depois deste apuramento realiza-se a final intermunicipal. A primeira edição avança já em 2022 e está a ser desenhada uma mascote, que passa a identificar esta competição.

Jogos tradicionais podem estimular artesanato de inovação

O programa Cultura para Todos tem também, nos seus objetivos principais, a promoção da inclusão e a acessibilidade de públicos mais vulneráveis, bem como a empregabilidade.

Se é verdade que a reativação dos jogos tradicionais pode resultar em momentos e eventos que promovam a atratividade do território, o objetivo da CIM-TTM vai mais além e pretende criar um “produto turístico” material, com a produção artesanal dos artefactos usados em cada um dos jogos. É aqui que entra a componente de inovação, o necessário design, a escolha das matérias-primas, a imagem associada, etc. Podem ser exemplos disso os sacos usados nas corridas, os cântaros, as relhas, o pião, etc.

A CIM-TTM vai organizar oficinas práticas em cada um dos municípios. O conhecimento local vai ser agregado a esta componente prática, que visa capacitar um conjunto de intervenientes que possam dinamizar, não apenas os jogos, mas também a produção dos componentes materiais, fomentando assim a empregabilidade.

Esta capacitação está mais orientada para os jovens e adultos que não tenham ainda um percurso profissional definido, usando aqui a cultura e as artes como ferramenta de desenvolvimento local.

A integração de pessoas de diferentes idades, condições sociais, de etnias e nacionalidades, de diferentes competências, dependências e deficiências, revele não só a preocupação de um projeto intergeracional, inclusivo, interdisciplinar inovador, determinante para o avanço das sociedades.

Esta será uma ferramenta de desenvolvimento das relações entre os municípios que constituem a CIM. É também considerado o objetivo de comunicar o potencial de identidade do território, através da simbiose entre a tradição e inovação, mas acima de tudo, este projeto pretende valorizar a arte e a cultura enquanto ferramenta para a inclusão e inovação social.

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