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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 25 de setembro de 2021

Museu do Côa acolhe exposição “Contra-Parede”

 O Museu do Côa vai acolher a exposição “Contra-Parede” entre 02 de outubro e 21 de novembro, que apresentará obras em “dialogo” da autoria de Ana Vidigal, Nuno Nunes-Fernandes e Pedro Gomes.


Em declarações à Lusa, a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho, disse que a exposição parte de uma discussão alargada em torno da parede como lugar privilegiado para a intervenção no espaço público, propondo os artistas questionar o espaço arquitetónico em que as obras são apresentadas.

“Considerando, simultaneamente, o espaço social, histórico, cultural e político em que os equipamentos museológicos se inserem, as obras promoverão um diálogo frutífero sobre o papel da arte junto das comunidades locais em que se apresentam”, disse a responsável.

A exposição “Contra–Parede” sucederá à exposição de João Cutileiro, “Gravuras recentes e outros riscos”, que recebeu cerca de 17.000 visitantes entre abril e setembro.

Por seu lado, o curador da exposição, Hugo Dinis, referiu que o início do projeto curatorial data de abril de 2019: “Nessa particular ocasião, conjuntamente com os artistas, pensámos num projeto que fosse itinerante e que pudesse alcançar parte do território nacional e em lugares, que de algum modo, se poderiam ajustar ao projeto curatorial”.

Hugo Dinis indicou que, através da sensação de clausura do confinamento, foi possível pensar que o espaço público, nomeadamente a parede, seria um lugar ideal para realizar projetos artísticos.

“Estes espaços passaram a ser predominantemente políticos e pensámos que seria pertinente confrontar os espaços arquitetónicos das instituições museológicas acolhedoras. Neste sentido, tanto as gravuras rupestres como o Museu do Côa tornaram-se muito especiais ao projeto que gostaríamos de concretizar”, enfatizou.

Para além da exposição, está prevista a realização de um projeto educativo que irá ser desenvolvido com alunos de diversas faixas etárias.

Em Vila Nova de Foz Côa, o artista Pedro Gomes irá desenvolver com o serviço educativo do museu um projeto em que os alunos irão intervir na imagem do cartaz que o artista criou.

“A ideia será depois colar num espaço público como forma de marcar a presença da exposição e da visibilidade artística e individual de cada interveniente”, disse Hugo Dinis.

De acordo com o curador, adicionando o prefixo “contra” a “parede” recorreu-se ironicamente à contradição para infringir um confronto com as instituições que se erguem através das estruturas arquitetónicas e dos seus significados de poder.

“De facto, ao cobrir a parede e ao ocupar a quase totalidade do espaço expositivo, as obras apresentadas no projeto ‘Contra-Parede’ conquistam espaço de visibilidade que, através da intervenção ativa dos artistas e do público como espectadores informados, se revelam espaços subvertidos de contra-poder”, disse.

“Contra-Parede” será, posteriormente, apresentado nas Caldas da Rainha e em Abrantes, ainda em datas a confirmar em 2022.

Fotografia: Diário de Trás-os-Montes

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