Por isso, o presidente da Cruz Vermelha de Bragança, considera que é preciso debatê-lo. É o que será feito, ao longo de Outubro, mês que a delegação escolheu para dedicar ao cuidador informal.
O estatuto é dado aos que prestam informalmente cuidados a pessoas em situação de dependência e prevê um subsídio de apoio, direito ao descanso e apoio psicossocial e à integração no mercado de trabalho. Duarte Soares admite que há outras medidas que deviam fazer parte do estatuto.
“Aliteracia para a saúde, a própria saúde do cuidador informal, o acesso atempado e célere a cuidados de saúde para o cuidador informal, a relação com as equipas públicas de saúde e sociais, são alguns exemplos de questões que não estando plasmadas no estatuto são preocupações que fazem com que os cuidadores informais se mostrem incapazes de manter a situação em casa”, referiu.
A Cruz Vermelha de Bragança entendeu que os cuidadores da região precisam de apoio e, por isso, desde o início do ano que tem um serviço domiciliário dirigido a estas pessoas. Duarte Soares quer reforçar o serviço.
“Entendemos que era necessário ter uma equipa de enfermagem de forma permanente com serviço de prevenção, mas sobretudo dirigida a cuidados domiciliários, na área da saúde e social, com assistentes sociais, educadores, sociais, enfermeiros, psicólogos, que pudesse apoiar não apenas o doente em si, mas dar um forte apoio aos cuidadores informais. Temos que ter em atenção que os cuidadores muitas vezes estão tanto ou mais doentes que as próprias pessoas que estão a ser cuidadas. Este serviço já é utilizado por entre 25 a 30 cuidadores”, destacou.
Além de se trazer a debate o estatuto destas pessoas, no dia 22 também vai decorrer uma conferência que junta os especialistas nesta área e os próprios cuidadores. As actividades não ficam por aqui e muitas delas serão dirigidas aos jovens, para que se aproximem da comunidade mais velha.
O propósito da Cruz Vermelha de Bragança é tornar visível a dedicação diária destas pessoas e alertar a população para a importância dos cuidadores na sociedade, já que a delegação considera que é preciso cuidar de quem cuida dos outros.
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