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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Quais as razões válidas para o fecho das linhas férreas do Tâmega, Corgo, Tua e Sabor

 Quem está minimamente informado com o que se passa na Região de Trás-os-Montes, tira rapidamente as seguintes conclusões relativamente à mobilidade ferroviária.
No dia 1 de Abril de 2007, quando fez precisamente 100 anos que Vila Real pela primeira vez, com alvoroço, acordou com o apito de uma locomotiva.
Era uma sensação nova para os vilarealenses. Claro que, com o passar dos anos, o som tornou-se muito rotineiro e entrou duma vez por todas no quotidiano “vilarealense” e nele ganhou lugar cativo.
Agora, em 2021, cento e catorze anos depois, o encerramento da linha do Corgo em toda a sua extensão, no distrito de Vila Real, demonstra a sua total necessidade no contexto do desenvolvimento onde ela estava integrada.
Assim, as vilas de Vila Pouca de Aguiar, Pedras Salgadas, Vidago e a cidade de Chaves são o testemunho de que é urgente repor-se novamente o comboio na linha do Corgo.
Para além de tudo isto, se foi feito um estudo sócio-económico da Linha do Corgo, chega-se à conclusão que ela é fundamental para todo o distrito de Vila Real.
Com o aparecimento feliz das autoestradas em todo o Norte do País, pensaram, alguns intelectuais, que estas iriam resolver o problema da mobilidade daqueles que gostam de conhecer o interior, mas esqueceram-se dos poucos que ainda vivem nas aldeias. Estes seres humanos, que cada vez são menos, apoiavam-se no comboio que passava às suas portas para se poderem deslocar à Bila, ou a outros lugares, lutando contra o isolamento e a desertificação que continuava a acontecer assustadoramente.
Alguns jornais regionais vêm lutando pela reposição das linhas férreas de via reduzida. Por enquanto ainda nada de concreto aconteceu. Só existem ideias e intensões de alguns de boa vontade e de promessas políticas na véspera das eleições. Só que, depois, por isto ou por aquilo, a situação descrita das linhas pode continuar na mesma, o que é uma pena.
A Região de Trás-os-Montes necessita de mais bairrismo e de menos política, aceitando esta, se for no sentido do seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida.
Finalmente, aguardamos com esperança em alguns transmontanos que gostam da Região e a defendem sem temor.
Pois, para cá do Marão “mandam os que cá estão” e para lá mandam os que de cá são, mas alguns fazem vida em Lisboa, esquecendo-se das suas origens. É pena e lamentável.
Finalmente a Linha do Douro continua fechada do Pocinho até Barca de Alva. Até quando?

Mário Lisboa

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