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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Secretária de Estado diz que despovoamento não é exclusivo de Portugal

 A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmou ontem que a preocupação com o despovoamento não é exclusiva de Portugal, com vários países na Europa a enfrentarem o mesmo problema.


A governante garantiu  em Bragança, à margem de uma conferência sobre o futuro da Europa, que é dada “cada vez uma maior atenção ao nível local”, pois “há muitos países europeus onde a preocupação com os territórios de baixa densidade populacional é muito grande.

“Isso é assim na Finlândia, na Grécia ou mesmo na Alemanha, onde há regiões que merecem uma particular atenção dos governos e depois também a nível europeu, através dos financiamentos dos fundos de coesão, dos fundos estruturais, cujo objetivo fundamental é promover a convergência europeia”, apontou.

Por esta razão, a secretária de Estado portuguesa acredita que regiões como a de Bragança, no interior de Portugal, necessitam e têm cada vez mais atenção, nomeadamente dentro dos respetivos governos nacionais com pastas específicas como a Secretaria de Estado da Valorização do Interior, liderada por Isabel Ferreira.

Ana Paula Zacarias recordou que tem beneficiado ao longo dos anos dos incentivos europeus à coesão territorial e espera que “efetivamente essa convergência possa ser cada vez maior”

“A pandemia e esta crise que atravessamos veio mostrar que é cada vez melhor e cada vez mais importante nós conseguirmos promover essa coesão territorial, a coesão social entre os diferentes territórios e entre a população europeia”, considerou.

A governante defende que também é preciso que as pessoas conheçam a Europa, pois de outra forma "dificilmente poderão ter acesso aos programas que existem”.

Para aumentar essa informação e dar voz aos cidadãos, estão a decorrer por toda a União Europeia conferências, como a que decorreu hoje em Bragança, focada numa Europa mais coesa e mais social.

“É um bom momento para nós falarmos da realidade local e fazer com que esta realidade local seja levada até Bruxelas e ao mesmo tempo discutir aqui as políticas europeias”, salientou.

Estas conferências têm como propósito ouvir os cidadãos e recolher contributos para as políticas europeias, sendo que, em Bragança, na plateia, estavam essencialmente jovens alunos dos diferentes níveis de ensino.

A promessa é de que serão entregues, para serem transformados em propostas legislativas, aos três presidentes europeus, da Comissão, do Conselho e do Parlamento, os resultados destas conferências, assim como os contributos dos cidadãos, que também podem ser dados através de uma plataforma digital.

Em regiões como Bragança, parte da população não tem acesso à via digital por haver zonas sem cobertura de rede, uma realidade que a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, assegurou ser uma prioridade deste Governo.

A governante referiu que esteve em consulta pública, até 07 de fevereiro, o mapa das zonas brancas, e que depois da analisadas as sugestões “a intenção do Governo é lançar o concurso para colmatar as dificuldades”.

Os fundos comunitários, nomeadamente os destinados à coesão territorial, foram apontados nesta conferência como um instrumento para ultrapassar as desigualdades existentes.

Sobre a ideia de que o dinheiro da Europa é mal gasto, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, considerou que “é um estereotipo”, assegurando que “há mecanismos de fiscalização cada vez maiores”.

“Essa utilização é verificada ao cêntimo, quer a nível nacional, quer depois a nível europeu e, portanto, cada vez vai ser mais difícil haver problemas”, concretizou, acrescentando que “a fiscalização é tanta que corre até o risco de aumentar exponencialmente a burocracia e introduzir dificuldades na utilização dos próprios fundos”.

Nesta conferencia em Bragança participou também a comissária europeia responsável pela Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, que sublinhou que “a Europa é a Europa das regiões, a Europa dos locais e Bragança é tão europeia como Berlim”, mas admitiu que “a verdade é que as pessoas, às vezes, não sentem isso”.

“Mas também é verdade que há muitos mecanismos de auscultação que não são suficientemente utilizados. As pessoas têm que se fazer ouvir e o pretexto desta conferência é levar as pessoas a participar”, apontou.

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