Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Como âncoras de navios despedaçados, batem corações, tentando vencer em ninhos insolúveis de serpentes.
Por baixo dos tectos rotos, explodem nos rostos, olhos lilases e lábios roxos.
O céu desce ao rés-do-chão e as nuvens vão parindo tempestades.
O mar revolta-se em espasmos e desfaz-se em ondas esfarrapadas.
Mastigam-se dores e ardores, nas águas semeadas e aradas.
Colhem-se sonhos nos escombros tenebrosos e ruidosos.
Com gestos infindos e indefinidos, grafitam-se esperanças perdidas.
Há crianças e jovens de tranças, que esperam nas searas loiras a paz do mundo que viaja em cavalos desenfreados de longas crinas.
A terra ainda arde, mas a vitória espera confiante na paragem do autocarro, mesmo que feita com vidros estilhaçados e tectos remendados.
Por baixo dos tectos rotos, explodem nos rostos, olhos lilases e lábios roxos.
O céu desce ao rés-do-chão e as nuvens vão parindo tempestades.
O mar revolta-se em espasmos e desfaz-se em ondas esfarrapadas.
Mastigam-se dores e ardores, nas águas semeadas e aradas.
Colhem-se sonhos nos escombros tenebrosos e ruidosos.
Com gestos infindos e indefinidos, grafitam-se esperanças perdidas.
Há crianças e jovens de tranças, que esperam nas searas loiras a paz do mundo que viaja em cavalos desenfreados de longas crinas.
A terra ainda arde, mas a vitória espera confiante na paragem do autocarro, mesmo que feita com vidros estilhaçados e tectos remendados.
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