Ao longo de vários meses, foram recolhidos contributos junto dos habitantes e o resultado culminou num dia de artes performativas que encheram as ruas da aldeia de Frechas, em Mirandela, no passado sábado.
Concertos, exposições, conversas, instalações multimédia e teatro fizeram parte do programa, assim como birdwatching. Iniciativas que contaram com a participação dos habitantes como Maria Madalena Almeida. "Esta iniciativa é um espectáculo. Participei no teatro. Toda a gente gostou. Que venham mais que estou pronta para participar. Gostei muito. É muito importante preservar estas coisas bonitas".
Pedro Duarte, de Sobreira, em Murça, também deu o seu contributo para o festival, uma iniciativa que considera que se deveria repetir. "Mostrei alguns sítios. Aquilo já não é o que era antigamente. A zona ribeirinha do vale do Tua é formidável. Isto é excelente. Devíamos ter mais eventos deste para chamar as pessoas. Isto dá vida a estas aldeias que estão desertificadas".
Maria João Santos, da Pacatodisseia, que organizou o festival, apoiado pela Direcção-Geral das Artes, e em parceria com a Agência Regional do Vale do Tua, explica que a linha do Tua é um ponto de partida para a iniciativa cultural que pretendeu recuperar memórias e tradições, a partir de intervenções artísticas, algumas delas inovadoras. "A ideia surgiu porque a minha família é toda de Trás-os-Montes. Eu conhecia a linha do comboio do Tua. É uma inspiração antiga. É uma vontade antiga de fazer um projecto artístico nesta zona, sendo que o nosso ponto de partida era utilizar a linha como ponto de partida para falar deste território".
O projecto “Pelo Andar da Carruagem” foi seleccionado para integrar a programação do Festival do Novo Bauhaus Europeu.
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