"É uma marca com muita identidade e foi um compromisso nosso de criar, recriar e renovar a marca Mirandela e a partir daqui temos todos um caminho a percorrer, porque a marca é de todos, não é do executivo nem da câmara municipal, é uma partilha de sentimentos e que caracteriza muito aquilo que somos e a grande ligação que temos ao rio Tua e à ponte românica com os seus arcos todos diferentes e com o reflexo da água que tanto significado tem para nós este rio”, adianta Júlia Rodrigues.
logomarca Mirandela é constituída pelo conjunto formado pela tipografia e formas geométrica dos arcos ou “olhais” da ponte velha sobre o Rio Tua, assumidos como símbolos identitários e de coesão e renovação territorial e geracional.
Mas, afinal, que benefícios poderá trazer para Mirandela esta nova marca? Júlia Rodrigues responde: “Os benefícios vão depender da forma como cada um de nós sente esta marca e a partilha com todos aqueles de quem gostamos, ou seja, terá de ser um esforço conjunto, uma união entre todos para conseguirmos impor esta marca e que as pessoas a sintam como nós já estamos a sentir”, refere.
O desenvolvimento da marca “insere-se numa estratégia mais vasta de criação de políticas públicas transversais, capazes de capacitar todo o concelho, incluindo as várias freguesias, o mundo rural, industrial, comercial, mas também cultural e social”, adianta a presidente da câmara.
A edil está convicta que os próximos anos “podem ser os primeiros de uma estratégia mais vasta, consolidando políticas e cumprindo uma agenda de desenvolvimento com um horizonte que vai além do mandato, e que culmina em 2030”.
Júlia Rodrigues acredita que esta agenda, “ajudará a transformar o território central da região do Tua num polo de atração de investimento, mas também de melhoria de indicadores de qualidade de vida e desenvolvimento social dos que habitam a terra, invertendo a curva de perda demográfica que dura há décadas”.
Não foi divulgado o montante do investimento que o executivo teve de suportar para a criação da nova Marca.
O QUE É
Segundo a autarquia, a logomarca Mirandela é constituída pelo conjunto formado pela tipografia e formas geométrica dos arcos ou “olhais” da ponte velha sobre o Rio Tua, assumidos como símbolos identitários e de coesão e renovação territorial e geracional.
Os olhais da ponte velha representam a resiliência do concelho, já que a sua forma e número atual resultam de um longo processo de metamorfoses e reconstruções, devidos quer a circunstâncias naturais, quer a eventos históricos. Representam deste modo a coesão entre o natural e o construído, o rural e o urbano, entre os cidadãos autóctones e os visitantes, entre as circunstâncias e as atitudes, a adversidade e a resistência. E é nesta sua capacidade de adaptação que através deles se representa o futuro de Mirandela.
Nos olhais da ponte espelha-se ainda o desenho dos montes e vales do concelho, a sua peculiar topografia, a oval da azeitona, os arcos da herança medieval ainda visíveis na malha urbana, a vibração das festas e a textura do folclore, numa gramática identitária capaz de desenhar a simplicidade e a densidade e desse modo comunicar de forma inovadora um território que agora se renova, ancorado na sua mais profunda identidade.
Cromaticamente, os verdes da nova marca referem-se ao património natural e agrícola do Concelho (a azeitona e o azeite, os parques e reservas naturais, a cidade-jardim) e os laranjas e castanho, tons quentes, à temperatura e carácter da Terra Quente Transmontana, em que Mirandela ocupa uma posição central
STUDIO EDUARDO AIRES
A marca foi criada por Eduardo Aires, um dos mais reputados designers portugueses, tendo sido diversas vezes internacionalmente premiado pelos seus trabalhos na área do branding.
A sua experiência profissional remonta a 1987 e revela, desde então, uma abordagem multidisciplinar ao universo do design. Entre os clientes do Studio Eduardo Aires contam-se empresas e instituições como a Herdade do Esporão, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, os CTT Correios de Portugal ou a Fundação Calouste Gulbenkian, que atestam da amplitude dos projetos e disciplinas que se têm cruzado sob a sua direção artística. Em 2019 dirigiu o projeto selecionado para o rebranding do Grupo Amorim, líder mundial no sector da cortiça. No domínio do branding territorial, o seu projeto mais reconhecido é o da imagem da cidade do Porto, reconhecido internacionalmente.
Sem desperdiçar o capital já adquirido por outros “claims” regionais, como “Terra Quente” ou “Pérola do Tua”, a nova marca “inclui-se nas cores, nos produtos e no património de Mirandela, afirmando o seu território como sendo o centro da Região”, explica o Município.
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