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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

FALEMOS DE "COTAS"

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Quando foi implantado, no Brasil, cotas para facilitar indivíduos de origem africana a ingressarem no ensino superior – diria raça, se não fosse politicamente incorrecto, – ergueram-se muitas vozes discordantes. Uma, foi a minha. Modesta, sim, mas sincera, na imprensa brasileira, portuguesa e noutros países.
Discordei, porque todos somos ou devíamos ser, iguais, seja – cor, etnia, religião e sexo que for.
Discordei, porque sou contrário a cotas, e se tiver que haver, devem basear-se apenas no rendimento de cada um ou no agregado familiar.
Quantas pessoas de cor branca, vivem – no Brasil, – em favelas imundas e debaixo de pontes e viadutos, sem qualquer recato, em mínimas condições de higiene, mas são, muitas vezes, preteridas, por serem de cor branca!
Também não sou a favor de cotas para mulheres, para ocuparem cargos políticos, no parlamento, governo e empresas.
Sou contra, porque considero deprimente. As mulheres devem-se impor pelo mérito – pelo saber e competência, – e não pelo sexo.
Depois, quando se vê uma mulher nesses cargos, fica-se na dúvida, se ocupa pela competência ou apenas por ser mulher.
Lamenta-se que nos parlamentos europeus, as mulheres se encontrem em minoria.
Não vejo qualquer problema nisso, porque o bom senso indica, que se deve escolher sempre, para esses cargos, os mais competentes e não o sexo.
Amigo meu – já falecido, – dizia, por graça: que tinha que existir equidade na admissão ao ensino superior, já que há nas Faculdades, em regra, mais alunas que alunos. Pois – não é verdade, – em tudo deve haver igualdade? - Concluía.
O que deveria preocupar, não é haver mais mulheres ou homens, mas sim: que os representantes sejam competentes e justos, que cuidem do bem-estar da comunidade, e não deles.
Deixemo-nos de cotas, de guerra de sexos, e que homens e mulheres, que ocupam cargos importantes, sejam criaturas honestas, honradas, justas, e tementes a Deus.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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