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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 26 de junho de 2022

PRR: Terras de Trás-os-Montes aponta lacunas e diz que não basta dinheiro

 O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo, apontou as “lacunas” ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e alertou que “não basta haver dinheiro” para resolver problemas como os do interior de Portugal.


“O dinheiro é importante”, considerou, mas defende que “era importante que se definisse claramente qual é o modelo de desenvolvimento que queremos para o país”.

“O país precisa de ser reformado, porque o modelo de há 50 anos não se coaduna com as exigências do século XXI", considerou, num seminário sobre “O Impacto do investimento do PRR no Desenvolvimento Regional e na Coesão Territorial" que decorreu na sexta 24 no IPB.

O evento promovido pelo centro Europe Direct, no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), juntou entidades locais, membros do Governo e os responsáveis pelo programa que tem 16,6 mil milhões de euros para a recuperação, na sequência da pandemia de covid-19.

“Houve pouca participação no plano que é feito de cima para baixo”, disse o presidente da CIM, que representa os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro, Miranda do Douro, Vimioso, Vinhais e Vila Flor.

Jorge Fidalgo é também presidente da Câmara de Vimioso, um pequeno concelho do distrito de Bragança, e afirmou que os autarcas desta CIM entendem que o PRR “está demasiadamente centralizado” e que a discussão pública que houve “foi muito curta”.

“Espero que ainda se venha a aproveitar a experiência acumulada no território”, insistiu, reclamando também “a clarificação do modelo de governança” do programa.

Para o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, o modelo do PRR “é assente em centros de média e grande dimensão” e teme que se venham “a agravar as assimetrias” existentes no país e “mesmo nos territórios dentro do próprio interior”.

“Não adianta haver território sem pessoas. Para haver coesão, nós temos que ter pessoas. Há territórios com necessidades de investimento e de um olhar especial para eles e não tem havido esse olhar”, afirmou.

O secretário de Estado do Planeamento, Eduardo Pinheiro, presente na sessão, lembrou que o PRR tem um conjunto de “32 reformas” para o país para “reduzir custos de contexto” e que “26% das medidas dirigem-se à coesão territorial", enquanto a “média europeia é de 7%”.

Salientou que o Governo está no terreno, em sessões como a que aconteceu hoje, em Bragança, “para manter o diálogo e, se for necessário, corrigir trajetórias”.

O governante precisou que dos 16,6 mil milhões de euros alocados ao PRR, “60%” deste montante global já foi lançado em concursos e nos chamados avisos para candidaturas.

Disse também que já foram pagos “718 milhões de euros”.

O vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Beraldino Pinto, falou das áreas de investimentos de que pode beneficiar Trás-os-Montes.

O único valor já destinado à região é de 35 milhões de euros, 16 dos quais para a ligação rodoviária de Bragança a Puebla de Sanábria (Espanha) e os restantes para as áreas de acolhimento empresarial de Chaves e Constantim, no distrito de Vila Real.

O secretário de Estado explicou que o resto “decorrerá das candidaturas e do mérito das propostas que vierem a ser apresentadas”, destacando as majorações nos apoios que existem para as que surgirem no interior do país.

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