Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Estes versos são parte de um poema de uma canção, muito popular nos meus tempos de rapaz e que era interpretada pelo António Calvário, artista que participou nos espetáculos de maior sucesso nos anos sessenta e que chegou a ir à Eurovisão representar Portugal.
De vez em quando vêem-me estas coisas à cabeça e fico um pouco saudoso daquilo que ficou atrás e tanto nos faz recordar, ficando com a ideia, que do mal, o menos, pois certa música que hoje nos é impingida, está a anos-luz daquela que nesse tempo ouvíamos, compreendíamos e gostávamos.
Vem isto a propósito de que hoje, quando de manhã saí de casa e percorri a distância que separa a minha casa da Praça da Sé, reparei que a forma e o jeito das pessoas e máquinas que circulavam na via era diferente daquela forma mais descomprometida doutras eras.
Havia então uma sede de viver que hoje não vislumbro nas gentes que passam, bem vestidas e bem calçadas mas cujo semblante é de uma rigidez que mais parecem estátuas, pois nem o cordial bom dia, tão banal, mas tão precioso também já não se solta dos lábios daquela gente que está sisuda e pouco comunicativa, assim como quem espera pelas piores notícias que a TV se apresse a comunicar, dramatizando-as para prender as pessoas ao Canal que mais carga dramática consiga e com o melhor engodo influenciar o parassimpático da gente que já não estuda Ciências Naturais para saber destas coisas que eram miudezas e não se haviam habituado aos títulos de caixa alta que hoje são o pão nosso de cada dia.
É certo que podemos facilmente concluir que este estado de espírito da gente hoje rececionar estas ondas de informação com avidez e alguma carga mórbida é resultado de uma persistência impensável, dos meios de comunicação liderados pelas Televisões que desfraldam o estandarte da novidade e acabam por dramatizar os acidentes ou causas naturais onde o sangue, o sofrimento e a morte são retratados das maneira mais insensível, que um cidadão educado para a compaixão fica tão confuso que não consegue ver ou imaginar o que a televisão tem mais para nos impingir.
De vez em quando vêem-me estas coisas à cabeça e fico um pouco saudoso daquilo que ficou atrás e tanto nos faz recordar, ficando com a ideia, que do mal, o menos, pois certa música que hoje nos é impingida, está a anos-luz daquela que nesse tempo ouvíamos, compreendíamos e gostávamos.
Vem isto a propósito de que hoje, quando de manhã saí de casa e percorri a distância que separa a minha casa da Praça da Sé, reparei que a forma e o jeito das pessoas e máquinas que circulavam na via era diferente daquela forma mais descomprometida doutras eras.
Havia então uma sede de viver que hoje não vislumbro nas gentes que passam, bem vestidas e bem calçadas mas cujo semblante é de uma rigidez que mais parecem estátuas, pois nem o cordial bom dia, tão banal, mas tão precioso também já não se solta dos lábios daquela gente que está sisuda e pouco comunicativa, assim como quem espera pelas piores notícias que a TV se apresse a comunicar, dramatizando-as para prender as pessoas ao Canal que mais carga dramática consiga e com o melhor engodo influenciar o parassimpático da gente que já não estuda Ciências Naturais para saber destas coisas que eram miudezas e não se haviam habituado aos títulos de caixa alta que hoje são o pão nosso de cada dia.
É certo que podemos facilmente concluir que este estado de espírito da gente hoje rececionar estas ondas de informação com avidez e alguma carga mórbida é resultado de uma persistência impensável, dos meios de comunicação liderados pelas Televisões que desfraldam o estandarte da novidade e acabam por dramatizar os acidentes ou causas naturais onde o sangue, o sofrimento e a morte são retratados das maneira mais insensível, que um cidadão educado para a compaixão fica tão confuso que não consegue ver ou imaginar o que a televisão tem mais para nos impingir.
Não quero com isto deixar de verificar que do ponto de vista técnico as TV´s e a Rádio têm uma importância não comparável na influência que ocasionam nas decisões políticas e administrativas tomadas como as ideais para a melhoria da vida das pessoas, mas que são gizadas e difundidas para beneficiarem os grupos económicos que as sustentam. Têm também em teoria o benefício de descobrirem e denunciarem fraudes, ilegalidades e roubos até que os seus rivais de cor política diversa, ocultam e desdramatizam para assim pressionarem a Justiça a dar vereditos favoráveis a casos que são de flagrante ação criminosa e de compadrio nas altas esferas que vivem disso e faustosamente desfrutam do desleixo da Justiça, ou antes da condescendência dos seus agentes que renunciam à sua consciência e a pretexto de chavões e frases feitas, como: só é culpado quem assim for considerado na barra dos tribunais, o que à partida é algo de bom como paradigma mas que acaba sempre por beneficiar os poderosos em prejuízo não só dos mais fracos mas também da própria Justiça, como serviço de Graça e Compaixão.
É este desfiar de coisas que contrastam com o que os cidadãos aprendem em casa, na Escola, na Igreja e com o povo, que amargura a consciência dos homens e mulheres de hoje que são influenciados por estereótipos que os condicionam pois deixam de serem cidadãos conscientes e entram em depressão e descrença de que uma vida de contenção em pensamentos, palavras e obras vale mais ser vivida do que toda essa parafernália de atividades ilícitas ou tornadas ilícitas por quem decidiu vencer pela força e egoísmo que tornaram o povo triste, descrente e sem esperança. De manhã quando chegarem à rua que os transporta ao trabalho ou às vossas outras obrigações tentem perscrutar o semblante da gente que passa e pensem no porquê das pessoas serem quase todas tristes e terem quase sempre o parassimpático fechado.
É ao sentirmos o que vai na alma dos outros que conseguimos ser aquilo a que urge regressar: voltar a acreditar que a justiça vencerá.
Escrito num fim de dia de reflexão sobre a razão de termos mais do que dantes e sermos hoje mais tristes e descrentes.
É este desfiar de coisas que contrastam com o que os cidadãos aprendem em casa, na Escola, na Igreja e com o povo, que amargura a consciência dos homens e mulheres de hoje que são influenciados por estereótipos que os condicionam pois deixam de serem cidadãos conscientes e entram em depressão e descrença de que uma vida de contenção em pensamentos, palavras e obras vale mais ser vivida do que toda essa parafernália de atividades ilícitas ou tornadas ilícitas por quem decidiu vencer pela força e egoísmo que tornaram o povo triste, descrente e sem esperança. De manhã quando chegarem à rua que os transporta ao trabalho ou às vossas outras obrigações tentem perscrutar o semblante da gente que passa e pensem no porquê das pessoas serem quase todas tristes e terem quase sempre o parassimpático fechado.
É ao sentirmos o que vai na alma dos outros que conseguimos ser aquilo a que urge regressar: voltar a acreditar que a justiça vencerá.
Escrito num fim de dia de reflexão sobre a razão de termos mais do que dantes e sermos hoje mais tristes e descrentes.
Bragança 22/06/2022
A. O. dos Santos
(Bombadas)
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