O presidente da câmara, António Pimentel, avança que as intenções de instalação já lhe foram dadas a conhecer mas diz que o projecto só recebe apoios do município caso haja benefícios para a região.
“A informação que chega à câmara é que se está a perspectivar outra central sete vezes superior à actual, abrangendo já praticamente toda a área do planalto do concelho de Mogadouro, vindo de Tó a Santiago. Expressei a minha preocupação aos próprios promotores, a quem disse que mesmo que avancem com esses projectos, se for necessário o apoio da câmara ou do presidente só será confirmado se houver uma contrapartida em função da produção eléctrica desses parques para o território”, afirmou.
O parque fotovoltaico que existe em Tó foi instalado antes de António Pimentel liderar o executivo. Quanto ao investimento que já existe, o presidente garante que as contrapartidas para o território são fracas e quer que, desta vez, se assegurem 3% a favor do território.
António Pimentel considera que este tipo de projectos não cria o emprego necessário.
“O conhecimento que tenho é que são centenas de hectares que estão já negociados para a instalação desses parques. Quem potencia a desertificação é a falta de emprego e isto não cria emprego, isto ocupa solo. Para nós seria mais importante empresas que criassem emprego, porque permitia fixar os jovens. Se deixamos ocupar o solo, damos cabo da agricultura, e se não vêm empresas a desertificação continua”, salientou.
O investimento, que já existe, em Tó é superior a 40 milhões de euros. O parque tem capacidade para gerar energia suficiente para servir 30 mil habitações por ano.
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