Este ano, com a vida a voltar ao normal, os bailes estão a regressar em força, sobretudo, às aldeias da nossa região.
Agosto é o mês das festas de verão. Ainda assim, os bailes já começaram a fazer levantar poeira. A aldeia de Samil, em Bragança, já está despachada da festa. Óscar Portela, que este ano pertenceu à comissão organizadora, vincou que a festa foi importante, depois destes tempos conturbados, de isolamento e distância.
“Significa principalmente espírito de união, seja entre mordomos, seja entre pessoas da aldeia, confraternização. Vivemos em tempos difíceis, em que as pessoas só trabalhavam, se saber qual é o futuro e as festas trazem um bocado de alegria”, disse.
Em Alfaião, a festa também já está feita. Em Agosto há outras festas mas, segundo Octávio Pereira, da comissão organizadora, esta é a que mais tradição tem. Voltar a fazê-la tem uma grande simbologia.
“Tivemos a dúvida de se fazer ou não se fazer e quando contactámos as pessoas da aldeia, principalmente as mais idosas, fomos apoiados por todos para que realizássemos a festa, porque estes dois anos foram muito difíceis”, contou.
Por Carção, em Vimioso, a festa, ao contrário destas duas, ainda não se realizou. Está marcada para dia 22, 26, 27 e 28 de Agosto. Firmino Tomé, da comissão de festas, que já foi, por outras vezes, mordomo, assume que "é muito importante que isto volte a acontecer".
As festas também já faziam falta às bandas, conjuntos, grupos. O regresso está a correr bem ao grupo Ympério Show, e próximo do que costumava ser antes da pandemia. Delfim Júnior garante que a reacção do público tem sido muito boa.
“Na altura da covid aproveitámos para fazer muitos originais, temos duas músicas na novela, fizemos umas músicas que badalaram por todo o lado e noto que há mais pessoas a verem os nossos espectáculos”, frisou.
Reacção semelhante tem conseguido o grupo Alta Definição. Alcino Marques, responsável da banda, afirma que este regresso tem sido em força.
Os custos neste regresso à estrada são mais elevados, e alguns dos espectáculos estão mesmo mais caros.
“O combustível aumentou, o material também é muito mais caro e é complicado. Eu tive que manter os contratos que tinha desde 2020, algumas pessoas compreenderam, outras tive que manter os preços e aguentar as despesas”, explicou.
As bandas andam por todo o país, tendo já marcações de espectáculos até Outubro e até mesmo para o próximo ano.
As festas de verão estavam sem acontecer desde 2019. Foram três anos de espera, que finalmente acabaram.
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