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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Partilha de terrenos por herança é principal razão pela falta de cadastro das propriedades

 Grande parte do território está por cadastrar e a principal razão é as heranças indivisas, ou seja, propriedades herdadas depois da morte de um familiar


O primeiro relatório sobre propriedades rústicas revela que no país há 11 milhão e 500 mil terrenos rústicos, 85% estão na região Norte e Centro. De acordo com Rui Gonçalves, coordenador do grupo de trabalho criado para a realização do estudo, há terrenos que estão sem herdeiros muitos anos e, por isso, é necessário estabelecer um limite.

“Há propriedades em Portugal que o sue dono originário era o trisavô dos actuais herdeiros. Por isso devia haver uma obrigação legal, dar um prazo para as pessoas. E não era um prazo apertado, deve ser uma coisa ampla, mas deve ter um limite, não pode ser eterno”, disse.

Em Espanha, as pessoas têm um prazo de 30 anos e em França 10, para definir o herdeiro do terreno. Rui Gonçalves entende ainda que as propriedades da região estão muito fragmentadas, o que as torna pequenas e pouco rentáveis em termos de negócios.

“Particularmente na zona Centro e Norte está muito fragmentada com a questão das partilhas e das heranças. O que nós temos hoje em Portugal são propriedades demasiado pequenas, que não permitem qualquer actividade do ponto de vista económico. Se eu tenho uma parcela de terreno com 20m², isso é um quarto, não é uma propriedade rústica”, afirmou.

Já Orlando Rodrigues, presidente do Instituto Politécnico de Bragança, onde foi apresentado o relatório, ontem, não concorda e entende que para a nossa região é importante para os pequenos agricultores.

“Este discurso de que a nossa propriedade está toda fragmentada, que é impossível fazer seja o que for, não tem adesão na realidade, porque nós vemos nascer uma agricultura moderna e muito inovadora em algumas circunstâncias”, referiu.

Orlando Rodrigues levantou ainda a problemática dos custos elevados para o registo dos terrenos.

“Por esta pouca eficiência que temos nos registos da propriedade e na administração da propriedade, os custos que impõe às pessoas são frequentemente superiores ao valor da propriedade e as pessoas são forçadas a não optar pelos mecanismos formais, porque frequentemente impõe um custo que é superior ao benefício económico que vão ter com a sua propriedade”, frisou.

O primeiro relatório sobre propriedades rústicas foi apresentado no IPB. O objectivo foi também ouvir as pessoas sobre possíveis soluções para a falta de cadastro no país.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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