O anúncio é feito pela autarquia de Macedo de Cavaleiros, que se congratula com esta decisão, que “vem validar todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos com vista à promoção e melhoria do estatuto de geoparque da UNESCO”, salienta o presidente da autarquia, Benjamim Rodrigues.
“Tem sido um trabalho árduo, sempre procurando cumprir as exigências definidas pela UNESCO, designadamente no que diz respeito ao trabalho de conservação do parque, combinado com o desenvolvimento sustentável e sempre envolvendo as comunidades locais”, sustenta ainda Benjamim Rodrigues. Também por isso, o autarca afiança que “é com grande orgulho que recebemos a notícia de que o pedido de revalidação do estatuto efetuado o ano passado foi aprovado sem quaisquer restrições”.
O Comité de Coordenação dos Geoparques Globais da UNESCO reuniu-se na Tailândia, nos dias 4 e 5 de setembro, para avaliar nove novos pedidos e 28 revalidações dos atuais geoparques. A ponderação do estatuto estava em atraso devido à pandemia de COVID-19, mas das 28 revalidações que foram consideradas, 25 receberam cartão verde (entre eles o geoparque macedense) e três receberam cartão amarelo. A diferença na cor do cartão reside no período de renovação, correspondendo o verde a mais quatro anos a ostentar o selo de Geoparque Mundial da UNESCO e o amarelo a mais dois anos.
Benjamim Rodrigues recorda que “o Geopark Terras de Cavaleiros tem feito um grande esforço, mesmo durante os períodos mais conturbados da pandemia de COVID-19, para continuar a envolver as populações locais, bem como para potenciar a vertente de geoeducação”.
O autarca recorda ainda que “tem sido feito um trabalho de promoção da gastronomia local, nomeadamente através do programa GEOFood, que visa promover e valorizar a relação entre o património geológico e as tradições alimentares locais, bem como dos produtos endógenos”.
O geoparque macedense, recorde-se, estende-se por uma extensão de quase 700 quilómetros quadrados, correspondentes à totalidade do território do concelho transmontano e sendo ladeado a norte pela Serra de Nogueira, ao centro a de Ala (844m) e a do Cubo, a sul a Serra de Bornes e, a Este, o Monte de Morais.
O território foi reconhecido pelas Redes Europeia e Global de Geoparks da UNESCO em setembro de 2014 e como Geoparque Mundial da UNESCO em novembro do ano seguinte. Além disso, integra, quase na sua totalidade, a Rede Natura 2000, estando referenciados 42 geossítios notáveis sob o ponto de vista científico, que testemunham uma história com mais de 400 milhões de anos.
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