Numa sessão sobre cereais em Bragança, em que participou a Ministra da Agricultura e Alimentação, ainda que à distância, o autarca aproveitou para lembrar que as três barragens em Parada, Calvelhe e Rebordãos, cujos projectos que têm um custo estimado de 33 milhões de euros, já foram candidatadas e ainda não receberam luz verde para avançar. Hernâni Dias considera que perante a necessidade de fazer face às alterações climáticas nomeadamente à seca estes são investimentos fundamentais.
“Ouvimos a senhora ministra falar nesta necessidade do regadio e é curioso que, numa altura em que se acentuam as dificuldades resultantes das alterações climáticas, não haja nenhuma resposta, nem medida concreta no sentido que possam ser respondidas. Os territórios do Interior e do distrito de Bragança, Trás-os-Montes necessitam urgentemente de grandes investimentos de regadio, como esta já devidamente identificado e é pena que essas situações já estudadas não vão aconteçam de forma rápida para colmatar os problemas que vão surgindo por falta de água”, sublinha.
Perante a falta de aprovação dos projectos, o autarca teme que uma não resposta por parte do ministério signifique que a construção das barragens não verá tão cedo financiamento.
“Considero que uma não resposta é uma desconsideração por quem coloca as questões, e obviamente que se não há resposta podemos considera-la um não. Se temos respostas, sejam mesmo negativas podemos contestá-las, assim temos de ficar a aguardar, mas nada acontece porque ninguém toma decisão absolutamente nenhuma”, sublinhou.
O município pretende obter financiamento para os três regadios e afirma que será uma desilusão se não houver fundo para nenhum deles, falando em desinvestimento no interior. “Confesso que ficarei tremendamente desiludido se não houver financiamento para nenhuma destas barragens, tendo em conta a necessidade que existe, tendo em conta os volumes financeiros do PRR, que deveriam ser também destinados ao sector primário, e perante tudo o que vai sendo dito por parte do Governo em relação à necessidade de investimento, e a verdade é que continuamos a assistir a um desinvestimento total nos território do interior nomeadamente num sector de ajuda tão carente como o sector primário”, criticou.
Na intervenção por videoconferência, a ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, não se referiu a estes projectos para o concelho de Bragança, no entanto, afirmou que Trás-os-Montes é uma das regiões mais dinâmicas no aproveitamento dos recursos financeiros para o regadio e salientou que o Governo está a actualizar o programa de regadio 20/30.
Sem comentários:
Enviar um comentário