O diretor do Serviço de Anestesiologia da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) vem a público dar a sua versão da notícia avançada, na semana passada, que dava conta que uma mulher de Mirandela tinha sido notificada pelo hospital a informar do adiamento de uma consulta de anestesiologia para uma data posterior a uma intervenção cirúrgica a que iria ser submetida no hospital de Macedo de Cavaleiros.
Armando Telo Cordeiro diz agora que a utente em causa faltou a uma primeira consulta e que mediante o que aconteceu a operação teria de ser adiada. Ainda assim, admite um erro dos serviços ao terem agendado uma data para a operação sem primeiro ser realizada a consulta de anestesiologia.
Na notícia avançada a semana passada, demos conta que uma mulher de Mirandela tinha uma cirurgia marcada para o dia 27 de Setembro, no hospital de Macedo de Cavaleiros, mas foi notificada por carta de que a consulta de anestesiologia, agendada para 14 de Setembro, tinha sido desmarcada e reagendada para 3 de outubro, ou seja, para depois da data da operação.
O marido desta mulher considerou inadmissível que duas unidades hospitalares geridas pela mesma entidade não tenham resolvido uma situação criada por falta de organização interna
Entretanto, o caso foi resolvido com a remarcação da consulta de anestesiologia para data anterior à intervenção cirúrgica.
Agora, o diretor do serviço de anestesiologia da ULSNE diz que faltou dizer que a utente não compareceu na primeira consulta. “Ela tinha agendada uma consulta de anestesiologia no dia 30 de agosto, à qual faltou sem ter dado qualquer explicação. Mesmo assim, foi-lhe agendada uma nova consulta para 14 de Setembro que, por baixa médica de uma colega minha do serviço destacada em Mirandela teve que se adiar para 3 de outubro e portanto só depois da consulta e dos exames serem realizados é que a doente deverá ser operada, como é óbvio”, acrescenta Armando Telo Cordeiro garantindo que a utente “iria ser avisada do adiamento da operação” o que não tinha acontecido ainda alegando que a notícia “foi em cima do acontecimento quando lhe agendaram uma data para a consulta posterior à cirurgia que não iria acontecer”, adianta.
Ainda assim, Armando Telo Cordeiro admite que não deveria ter sido marcada a operação, sem antes ser realizada a consulta de anestesiologia. “Se esse agendamento foi feito foi indevido, porque só depois de a doente fazer a consulta e os exames pré-operatórios é que terá o aval para poder ou não ser anestesiada e operada, mas o que acontece muitas vezes é que vão-se cruzando dados e a doente como tinha a consulta marcada para 14 e agendaram eventualmente a cirurgia para dia 27, uma vez que dava tempo, contando que tudo corresse dentro da normalidade”, refere.
O diretor do serviço de anestesiologia da ULSNE deixa entender que são situações que o sistema interno não consegue controlar. “As três unidades hospitalares pertencem à mesma unidade local tal como os serviços, agora não há essa conjugação que o serviço de ortopedia sabe que a doente tem consulta vai ser operada naquele dia, porque o sistema não alerta de que a doente já tem a consulta ou não tem ou se vai ter ou não a cirurgia”, conclui.
De qualquer forma, o caso está resolvido, já que a mulher já teve a consulta de anestesiologia na passada quarta-feira e a operação vai mesmo acontecer no dia 27 de Setembro.
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