Caretos, máscaras, imagens do Santo António, de Nossa Senhora e de outros santos, presépios, loiças decoradas com as flores do mel ou hortênsias, bolotas que se abrem e podem servir para tanta coisa. A natureza cristalizada em grés. Peças em que se o meio ambiente não se manifesta, está latente nem que seja num pormenor.
São objetos quase sempre utilitários que se destacam pelo detalhe e originalidade, todos saídas das mãos de Maria Jorge Torres, uma jovem ceramista radicada em Rebordelo, no concelho de Vinhais, cujo ateliê é o berço de peças que já chegaram a Nova Iorque.
Tripeira de nascimento, viveu sempre no Porto, até que há dois anos a pandemia de covid-19 acabou por a levar a Rebordelo, depois de ter ficado desempregada. “Os meus pais retornaram à aldeia, de onde é natural a minha mãe, em 2019 e eu vim em 2020. Com a pandemia fiquei desempregada e decidi vir.
Eu sempre sonhei viver da minha arte, nomeadamente da cerâmica”, explicou a artista ao Mensageiro durante uma conversa na oficina que criou no rés-do-chão da casa dos pais, a que chama “um cantinho”.
Glória Lopes
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