O Festival dos Sabores Mirandeses regressou depois dos anos de interregno devido à pandemia. Para os expositores, muitos filhos da terra, participar no certame é uma mais-valia.
“Temos salpicão, chouriça, butelo, alheira, presunto. Há muitos anos que faço a feira e foi a primeira sexta-feira que fiz bastante negócio. Está tudo vazio”, contou a expositora Maria Natália Lopes.
“Vim para divulgar o trabalho e mostrar que existe. Tenho carteirinhas, capas, casacos, saias de rancho, carpetes e tenho a capa de honras”, disse a expositora Palmira Falcão.
Há sempre quem aproveite o certame para comprar produtos de qualidade. Foi o caso de Francisco Candeias que mora em Coimbra.
“Já comprei cutelaria, mel, pão caseiro. Vim há três anos, adorei e não pudemos voltar devido a este interregno, mas este ano não deixámos de vir”, contou.
A abertura da feira contou com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que fez questão de realçar o potencial da terra de Miranda.
“É um potencial extraordinário, não só na agricultura, mas também na produção animal, na parte turística, mas também para acolhermos outras actividades económicas. Com a pandemia descobrimos que é possível trabalhar a partir destes territórios para o mundo, temos é que criar as condições para que isso aconteça, tem que haver conectividade digital”, referiu.
Para Helena Barril, presidente da câmara de Miranda do Douro, a cultura é o ponto de partida para o desenvolvimento deste território.
“Temos algo diferenciador em todo o mundo, que é a língua mirandesa. Conseguirmos potenciar este território a partir da língua e a partir de outros ícones da cultura, como os pauliteiros e as raças autóctones. Temos que olhar para frente e pegar nas nossas potencialidades e saber trabalhá-las e seguir em frente”, frisou a autarca.
O Festival dos Sabores Mirandeses aconteceu entre 20 e 22 de Janeiro, com venda de produtos regionais, animação cultural, concertos, montaria ao javali e concursos.
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