Desde que se aposentou, esta tem sido a actividade que o vai distraindo e que agora vai poder dar a conhecer aos visitantes que passem pelo território e que tenham curiosidade em perceber a identidade da região.
Este é um dos 13 artesãos que integram a "Rota do Saber Fazer", que a Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana acaba de lançar, com o objectivo de dinamizar o turismo experimental no território.
O artesão está entusiasmado por dar a conhecer o que sabe fazer. "Mostro como se faz qualquer instrumentos de corda, desde guitarra portuguesa, a bandolim, cavaquinho. É preciso saber trabalhar as madeiras, escolhê-las. Acredito que vão aparecer interessados em ver".
O projecto é da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana e por isso abrange os concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor. A rota visa criar ofertas turísticas, aproveitando as potencialidades do território, no que toca às pessoas e ao seu saber fazer, esclareceu o Secretário-Geral da associação de municípios, Manuel Miranda. "Pretendemos dar visibilidade ao território, a uma área muito específica que tem a ver com a valorização das pessoas e do saber fazer ancestral. Este projecto tem uma identidade fundamentada naquilo que é o património histórico-cultural do território, apresentado através dessas duas grandes componentes: artesãos e saber fazer. Queremos preservar as práticas rurais do nosso território e queremos transformar isso num turismo de experiências".
Esta é mais uma boa desculpa para visitar o território e a informação está à distância de um clique. "As pessoas podem escolher um programa pré-formatado e reservá-lo. Depois será operado. Haverá operadores turísticos que o disponibilizarão. Toda a informação está disponível na plataforma digital. Há uma porta de entrada em cada município com a mostra de sartesanias e artesãos que estão presentes na rota, bem como toda a informação sobre esta".
A rota integra oficinas artesanais para aprender a fazer as máscaras dos caretos de Podence, instrumentos musicais, artesanato em madeira, albardeiro, olaria, tecelagem, tanoaria, trabalhos em xisto, bonecas de trapos, trabalhos em couro e arte têxtil.
O investimento é de cerca de 200 mil euros, sendo que a rota é financiada em 70% pelo Programa Valorizar. O restante investimento é da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana.
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