Mirandela vai passar a contar com cinco EIP’s - Equipas de Intervenção Permanente - distribuídas pelas duas corporações de bombeiros do concelho, num total de 25 operacionais.
Atualmente, a associação dos bombeiros de Mirandela tem duas equipas com 10 operacionais e a da vila de Torre de Dona Chama conta com uma equipa de cinco operacionais.
Agora, o executivo da câmara de Mirandela aprovou, por unanimidade, a manifestação de interesse para a criação de mais duas EIP’s, uma para cada corporação, que, entretanto, já foi validada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Estas equipas visam reforçar a prontidão na resposta às ocorrências que impliquem intervenções de socorro à população e de defesa dos seus bens e animais, bem como na prevenção e combate aos fogos rurais.
O vice-presidente do Município de Mirandela explica que esta decisão de criar mais duas equipas assentou “em critérios técnicos” apresentados pelas duas corporações. “Com estes 15 elementos em Mirandela e 10 em Torre de Dona Chama, entendemos estar assegurada a resposta rápida a situações complexas no concelho e também se junta o útil ao agradável porque são mais 25 famílias que se fixam no nosso concelho”, sublinha Orlando Pires.
A Câmara suporta metade das despesas com remunerações e contribuições para a Segurança Social dos 25 elementos das EIP’s, enquanto a outra metade é da responsabilidade da ANEPC, cabendo às associações de bombeiros os custos com a manutenção da equipa, com os equipamentos e com o fardamento.
Orlando Pires considera que, com mais estas duas equipas, “as corporações acabam por contar, essencialmente, com estas equipas para a maior parte das exigências que ocorrem e já permite que exista uma escala e uma distribuição de serviço durante os 365 dias do ano, por isso entendemos que é uma resposta já muito evoluída”.
O vice-presidente adianta que da parte do Município, “os encargos com estas cinco EIP’s e os operacionais que estão no atendimento nas centrais telefónicas das corporações, rondam os 350 mil euros, em 2023”.
O presidente da direção dos bombeiros de Mirandela, que passa de 10 para 15 operacionais, sublinha “a importância desta parceria” para o reforço do serviço de socorro numa área de atuação com cerca de 530 km2 que inclui a cidade de Mirandela e 68 aldeias. “Só nos podemos congratular com esta sensibilidade das duas entidades para a atribuição de uma terceira equipa na certeza que é um reforço do serviço de socorro de qualidade que nós todos os dias trabalhamos para ter, até porque temos uma atividade de muita incerteza, pelo que quanto mais bem preparados e apetrechados estivermos para responder às necessidades, melhor”, afirma Sílvio Santos.
Também o presidente da associação dos bombeiros de Torre de Dona Chama, que passa de 5 para 10 operacionais, diz ser “muito importante” este reforço para a sua área de atuação, com cerca de 135 Kms 2 no concelho mirandelense e aldeias de concelhos limítrofes. “É sempre bom até porque debatemo-nos com falta de pessoal para incorporar as associações e o voluntariado está cada vez mais escasso, pelo que a constituição das eip´s permite-nos ter uma resposta rápida logo que haja uma intervenção que tenha de ser feita e ainda mais porque temos uma área extensa de atuação com parte dos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Chaves”, revela Paulo Costa.
Segue-se o processo de recrutamento dos elementos que vão integrar as duas novas equipas, uma responsabilidade partilhada entre as associações de bombeiros e a ANEPC, que deverá ficar concluído até ao mês de maio.
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