Nesta nova ronda de protestos dos professores por todo o país, hoje, foi a vez do distrito de Bragança. O agrupamento de escolas Abade Baçal, em Bragança, nem sequer chegou abrir portas. A dirigente sindical dos Professores do Norte, Teresa Pereira, esteve em protesto à porta da escola a realçar o descontentamento dos professores.
“Há professores com muito tempo de serviço e estão a meio da carreira, portanto, não vão chegar ao final. É necessário que nos vão repondo, ainda que faseadamente, o tempo que foi retirado, neste momento ainda estão seis anos e meio por repor aos professores”, disse.
Esta manhã, o ministro da Educação está reunido com a Fenprof para mais uma ronda de negociações. Teresa Pereira afirma que as medidas do ministério são meros remendos. A diminuição das zonas pedagógicas, para que os professores fiquem colocados mais perto de casa. No entanto, a dirigente sindical alerta para problemas que possam surgir daí.
“Irá ser pior, segundo esta proposta, que é fazer o aproveitamento de horas de professores que não tenham horário completo, que terão de ser completados nessas escolas dessa zona, o que implica que à sua custa terá que se deslocar, por exemplo, de Bragança a Vinhais”, explicou.
João Afonso é professor há 36 anos e também aderiu ao protesto. O docente diz que está em causa a dignidade e o respeito pelas pessoas, criticando as propostas que estão a ser feitas pelo ministério da Educação.
“Não percebo porque há aversão à lista graduada, não consigo entender. Se têm vagas para quadros de zona, disponibilizem as vagas, cria-se uma lista ordenada, e em função dessa lista, os professores vão ocupar essas vagas”, referiu.
O agrupamento de escolas de Miranda do Douro está encerrado, assim como o de Vinhais. De acordo com o dirigente sindical dos Professores da Zona Norte, Manuel Pereira, a adesão superou as expectativas.
Na escola secundária Emídio Garcia meia centena de professores também estiveram em protesto, mas a escola não fechou por haver assistentes operacionais que assegurem o funcionamento da escola.
As escolas do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, à excepção do Jardim-de-Infância de Travanca, estão todas encerradas esta sexta-feira devido à greve dos professores e restantes profissionais da educação, cuja adesão ronda os 100%.
Às 11h os professores os vários sindicatos vão concentrar-se na Praça da Sé, em Bragança, para apresentarem uma moção.
A greve começou na segunda-feira e é convocada por uma plataforma de oito organizações sindicais.
Sem comentários:
Enviar um comentário