O município formalizou, em setembro, o protocolo de financiamento com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e hoje recebeu o camião-cisterna, com capacidade para 27 mil litros, adquirido com o financiamento de 150 mil euros.
O presidente da Câmara de Vinhais, Luís Fernandes, explicou hoje que a verba foi suficiente para adquirir o veículo e também para cobrir os custos que a autarquia teve, no verão, com o transporte de água para 17 aldeias.
Este camião-cisterna junta-se a outro que o município já tinha, com capacidade para transportar oito mil litros de água, e que, junto com os 18 mil litros de um viatura idêntica da corporação local de bombeiros, garantem resposta a solicitações futuras.
O autarca salientou que “a importância deste equipamento é grande tendo em atenção, sobretudo no verão, a falta de água” que obriga ao transporte para garantir o abastecimento das populações, mas também para o dispositivo de combate a incêndios e outras necessidades do concelho.
“Ficamos melhor apetrechados, embora as dificuldades ainda poderão ser grandes, tendo em atenção a extensão do concelho”, frisou.
Além do transporte, ao nível da água o presidente da Câmara apontou outras necessidades no concelho, como “depósitos e condutas que precisam de ser substituídos, reservatórios de água para incêndios e formas de poupar água”, nomeadamente com a instalação de equipamentos de monitorização das perdas.
O vice-presidente da APA, Pimenta Machado, esteve presente na entrega do equipamento em Vinhais e indicou que, além deste concelho, no distrito de Bragança foram também contemplados Mogadouro, Vimioso, Bragança e Carrazeda de Ansiães.
Suprir a falta de água sempre que ocorram secas é o propósito destes investimentos, como observou, salientando que “o ano 2022 foi o terceiro mais seco de sempre em que muitas aldeias viram secar as captações de água”.
“ A região de Trás-os-Montes é das mais vulneráveis e expostas à seca”, como salientou, acrescentando que “as chuvas dos últimos dias trouxeram uma nova realidade, mas é bom adaptar os territórios para aquilo que são os novos episódios de seca”, que se antecipam com as alterações climáticas.
Em Vinhais, o vice-presidente da APA ouviu o autarca local pedir, além destas medidas de contingência, respostas mais estruturais para adaptar o território a esta realidade da seca, nomeadamente com a construção ou reforço de reservas.
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