Para dar resposta à necessidade de criar ofertas turísticas, bem estruturadas, que de uma forma organizada consigam relacionar as potencialidades do território ao nível das pessoas, do seu saber-receber e do seu saber-fazer, com o património cultural e natural, valorizando os recursos e o território, a Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana (AMTQT), acaba de criar a “Rota Saber Fazer”.
A ideia é fomentar o turismo experimental no território, abrindo as portas das oficinas de saber tradicional aos visitantes, proporcionando-lhes a experiência de observação, aprendizagem e criação de peças típicas do território, uma ideia que, por um lado, cria uma nova dinâmica económica para o artesanato e, por outro lado, vem dar resposta à falta de atividades que ocupem e mantenham os visitantes no território.
O projeto foi desenhado pela AMTQT em estreita colaboração com os técnicos de turismo de cada um dos municípios da Terra Quente (Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor), com maior proximidade com os diferentes tipos de agentes e operadores turísticos que integram a rota, nomeadamente, artesãos, agricultores, hotelaria, restauração, produtores de vinhos, animação turística, entre outros.
Sendo o artesanato o pilar principal deste projeto, os promotores têm prevista a criação de novas utilidades/peças, associando um por atelier de design à Rota, que sem adulterar a essência das peças tradicionais, vai tentar introduzir alguma inovação.
As oficinas artesanais são bem diversificadas: oficina de instrumentos musicais, artesanato em madeira, albardeiro, olaria, tecelagem, tanoaria, trabalhos em xisto, bonecas de trapos, trabalhos em couro, Frioleira (arte têxtil), máscaras dos caretos de Podence.
Juntam-se os parceiros, dos sectores do alojamento e restauração, mas também produtores de vinho, queijarias e empresas de animação turística que são quem vai organizar e comercializar os programas.
Cada um dos concelhos vai ter um espaço dedicado à Rota, com informação referente a todo o projeto. Será um local onde o visitante pode ter contacto com as práticas do saber fazer dos artesãos e dos seus produtos, e poderá adquirir os artefactos produzidos na Rota.
Esta é também uma forma de tentar combater a sazonalidade do setor do turismo, havendo razões para uma visita em qualquer altura do ano.
A AMTQT compromete-se a desenvolver ações de promoção, numa perspetiva de valorização do território, que para além de divulgarem a oferta existente, sejam capazes de despertar o interesse do potencial turista e, assim, aumentar o número de visitantes na região e, consequentemente, potenciar dinâmicas económicas para o artesanato, mas também para toda a oferta complementar.
É através da valorização territorial que se pode trabalhar uma imagem mais atrativa e, neste caso, sustentada na identidade local, na originalidade e no respeito pela cultura e tradição.
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