quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Novo bairro social custou três milhões de euros e deu lugar a 32 novas habitações

 A vila de Mogadouro passa a dispor de um remodelado bairro social, onde foram investidos três milhões de euros, para dar lugar a 32 habitações de várias tipologias que vieram criar melhores condições de habitabilidade a outras tantas famílias.


Este novo bairro social resulta da reabilitação do antigo Bairro do Fundo Fomento de Habitação e está localizado situado em plena malha urbana de Mogadouro.

De acordo com o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, cerca de metade das 32 habitações já estão habitadas, ficando para uma segunda fase a abertura de um novo concurso para mais 16 habitações.

“Deste concurso, só três pessoas entregaram a documentação completa a quem foram entregues mais três habitações. Depois será aberto um novo concurso, com um novo regulamento, já que nesta matéria há força de Lei, para entrega das últimas 12 habitações”, explicou o autarca social-democrata.

Este bairro está ainda dotado de duas habitações que foram entregues a pessoas com mobilidade reduzida, ficando o município com três casas para destinada a “emergências sociais que surjam no concelho de Mogadouro”.

Apesar de o novo bairro estar pronto a habitar, contudo na perspetiva do autarca de Mogadouro, “não é a solução ideal”.

“A melhor opção seria demolição do antigo Bairro do Fundo Fomento de Habitação e neste espaço a construção de dois blocos de apartamentos para realojar quem estivesse numa situação de legalidade, conforme o projeto que foi deixado pelo executivo do qual fiz parte até 2013”, explicou António Pimentel.

De acordo com o autarca, quem entrou na governação do concelho em 2013, [Francisco Guimarães, eleito pelo PS], “teve todo a legitimidade para tomar outra opção, em relação ao bairro social e que passou pela sua reabilitação”.

“Com essa legitimidade, o autarca seguinte colocou de lado o projeto inicial, e avançou com o projeto que entendeu ser mais conveniente, o que obrigou à elaboração de um novo projeto e colocá-lo a concurso e com um financiamento diminuto, que na altura se situava nos 45% do investimento”, frisou Pimentel.

O atual autarca de Mogadouro disse ainda ter conseguido um financiamento proveniente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), para adicionar aos 45% do montante até então financiado.

“Com este montante proveniente do FEDER, o bairro que custou três milhões de euros, obteve assim um financiamento de 85% do seu valor global. Isto parece-me importante, porque poupou os cofres da autarquia”, vincou.

António Pimentel reiterou que foi "um crítico" deste modelo habitacional escolhido pelo anterior executivo, liderado pelo PS.

"Apesar de não concordar, dei continuidade ao projeto que vinha do meu antecessor e finalmente a obra foi concluída e mais 32 famílias têm habitação com o mínimo de condições para aí viverem. E digo o mínimo de condições, porque efetivamente as casas, com o projeto que foi feito, não resultaram na perfeição porque os compartimentos são pequenos e foram resumidos a habitações do tipo T1, T2 e pouco mais”, observou o atual autarca de Mogadouro.

Francisco Pinto

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